OBSESSÃO capítulo
dezesseis
E
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xpliquei o que eu faria para Denny e ele tinha
aprovado o que faria, afinal seria o mais sensato porque o que mais me
preocupava era a dignidade do meu pai. Se ele descobrisse que Charley o botava
pra dormir e depois o estuprava ele ficaria arrasado. Sem contar que ele
mataria Charley. Literalmente. Ele abriria o cofre que tem no quarto dele e
pegaria a arma que tem lá dentro e daria um tiro no meio da testa do Charley.
- é o melhor a se fazer – falou
Denny.
- e meu pai não corre o risco de
ser exposto.
- eu não sei – falou Denny –
tenho que pensar.
- Imagine se ele tivesse feito
isso comigo? E se ele tivesse me sedado para fazer suas perversões? Como eu vou
saber que ele não fez isso com outra pessoa?
Alguém bateu na porta.
- pode abrir
Fritz abriu a porta.
- com licença, hora de te checar
novamente. – falou ele.
- claro falei.
- vou deixar vocês á sós. – falou
Denny saindo.
- eu não posso mesmo dormir?
- não. Você está muito cansado? –
perguntou Fritz.
- um pouco.
- você está ok. – falou ele.
- quantas horas? – perguntei.
- agora são 04h38min.
- que droga, ainda falta muito.
- não se estresse você quer ir lá
pra baixo?
- quero – falei descendo minhas
pernas. Eu fiquei em pé e dei um passo e Fritz ficou ao meu lado e eu coloquei
a mão no seu ombro.
Nós fomos andando passamos pelo
corredor e chegando á escada.
- vamos descer um degrau de cada
vez. – falou Fritz.
Nós descemos um por um até
finalmente chegarmos à sala e eu logo me sentei no sofá.
- decidiu descer? – perguntou
Gray.
- sim. Eu estava entediado lá em
cima.
- não adiantou muito vai morrer
de tédio aqui também – falou Vanessa que se aconchegava ao lado de Steve.
- gente se vocês quiserem ir
embora podem ir. Eu fico aqui.
Todo mundo protestou quando disse
isso. Qualquer ruído na calada da noite parecia um barulho ensurdecedor.
- claro que não – falou Xavier –
vamos ficar aqui com você até termos certeza de que está melhor.
- tudo bem – respondi.
Todos começaram a conversar entre
si e eu apenas fiquei observando eles. Meu pai estava sentado ao meu lado eu
então me aproximei dele e deitei a cabeça no ombro dele. Fiquei por alguns
instantes, mas aquela posição estava começando a dar uma dor no meu pescoço.
Tentei me aconchegar, mas de todo
o jeito que eu fazia meu pescoço ficava doendo e a posição não me favorecia. Então
peguei p braço direito dele e passei por trás de mim. Ele me puxou pra perto
dele Eu então me aconcheguei e deitei a cabeça no braço dele ficando de olho
aberto olhando para o pescoço dele e para o pomo-de-adão que ficava subindo e
descendo enquanto ele falava. Eu fiquei hipnotizado por aquilo e logo o sono
veio com tudo e eu comecei a fechar os olhos.
- ele vai dormir – falou Vanessa.
Eu levei um susto porque meu pai
deu um pulo no sofá e me sacudiu.
- não dorme – falou ele.
- eu não estou dormindo – falei
ainda deitado no braço dele de olhos fechados.
- abre os olhos então – falou
Steve.
- não precisa eu estou acordado.
– falei. – olhem pra minha perna enquanto eu estiver balançando ela, significa
que eu estou acordado – falei.
Não passou nem 10 segundos eu me
assustei outra vez com meu pai me assustasse outra vez.
- para pai. – falei ainda
deitado.
- quer saber – falou ele tirando
o braço de trás de mim e me fazendo sentar direito. – senta direito, você está
armando pra cima de mim! Você quer é dormir.
- você não pode dormir – falou
Fritz.
- tudo bem, prometo que não vou
tentar – falei de olhos fechados, bocejando. Meus olhos até lacrimejavam de
tanto sono.
- Larry, nos fale sobre como Mike
aprendeu a usar a privada. – falou Adam.
- acordei – falei abrindo os
olhos e passando a mão para acabar o sono. – se vocês acham que vão falar sobre
mim criança ou pegar os álbuns de fotos e ficar folheando e dizendo como eu era
fofo e inocente, podem ir tirando o cavalinho na chuva.
- vou lá pegar os álbuns – falou
meu pai fazendo menção de se levantar.
- eu subo as escadas e me jogo de
lá de cima. Só pra dar mais trabalho.
- tudo bem – falou meu pai rindo.
As horas foram passando e
fazíamos de tudo para passar o tempo mais rápido, jogos, conversa fora,
televisão. Eu estava com sono, mas o dia foi amanhecendo e o sono foi passando.
Logo meu pai fez café da manhã com ajuda de Adam e Gray. Nós fomos todos para a
cozinha tomamos café da manhã e antes que percebêssemos o relógio marcava
10h00min da manhã.
Eu fui para a cozinha e me sentei
a balcão tomando um copo de suco de laranja.
- eu vou ficar acordado até ás
14h00min né? – perguntei para Fritz.
- seria até ás 14h00min, mas como
você teve aquele probleminha na fala eu decidi deixar você em observação até ás
18h00min.
- fiquei acordado até agora,
posso aguentar até ás 18h00min.
Mal terminei de dizer essa frase
e meu celular tocou. Era Charley.
Ignorei a chamada. Fritz se
levantou e foi lá para fora para respirar um pouco. Meu celular tocou outra
vez. Era Charley e mais uma vez eu ignorei.
Passou-se alguns segundos e ouvi
o celular do meu pai tocando. Era a droga do Charley. Meu pai atendeu e veio até
a cozinha.
- Charley quer falar com você.
- fala que eu estou muito cansado
para conversar.
- Charley ele não quer falar
agora, ele está muito fraco.... ok.... tudo bem... – meu pai desligou o celular
– ele está vindo aqui.
- pai não adiantou nada. Eu não
quer vê-lo.
- seja lá o que for que aconteceu
com vocês, você precisa enfrenta-lo. Eu não criei meu filho para fugir dos
problemas.
Adam ficou olhando pra mim. Ele
provavelmente pensava que Charley tinha me traído e era por isso que eu não
queria vê-lo.
- fale com ele – falou Denny
vindo até mim – fale agora.
- você acha? – perguntei sussurrando.
- quando ele vier o chame para
seu quarto e conte tudo.
- tudo bem – falei.
Depois de trinta minutos alguém
tocou o interfone. Era Charley. Meu pai usou o controle para abrir o portão e
ele colocasse a moto pra dentro.
Eu me levantei e fui recebe-lo na
porta.
- Mike o que aconteceu – falou
ele entrando.
- eu cai – falei.
Ele veio me dar um beijo, mas eu
virei o rosto.
- eu te fiz alguma coisa?
Perguntou ele.
- vamos lá pro meu quarto, eu
quero conversar com você.
- eu posso pelo menos
cumprimentar todo mundo?
- não, vem logo aqui pra cima.
Nós subimos as escadas e entramos
no meu quarto.
- o que está acontecendo? –
perguntou Charley quando eu tranquei a porta.
- eu quero te fazer uma pergunta
– falei.
- qual? – perguntou Charley se
sentando na minha cama.
- o que você sentiu quando viu eu
chupando o pau do seu pai?
- do que você está falando? –
perguntou Charley.
- por favor Charley, não vamos
nos fazer de desentendidos.
Charley respirou fundo quando eu
disse aquilo.
- você sabe sobre seu pai e eu?
- claro que sei.
- você não precisava ter feito
aquilo.
- como você se sentiu ao ver seu
pai homofóbico dar de mamar pro seu namorado? Ele não aprecia tão homofóbico
naquele momento né?
- a culpa não é minha Mike. Seu
pai deu em cima de mim.
- não sou idiota Charley. Eu
instalei câmeras pela casa toda. Eu vi o que você fez com meu pai. Eu vi você
colocando algo na bebida dele. Eu vi você tranzando com ele.
Vi que ele arregalou os olhos
quando disse isso.
- sabe eu pensei em várias coisas
que eu poderia fazer com essa filmagem, mas eu percebi que vou destruí-la.
- obrigado Mike – falou Charley
tocando minha mão. Eu me afastei dele.
- não vou fazer isso por você.
Vou fazer pelo meu pai.
- mesmo assim obrigado.
- para dizer a verdade vou fazer
sim por você. Eu tenho pena de você sabe porque? Você precisou drogar meu pai
para poder tranzar com ele. Seu pai estava bem acordado quando nós tranzamos.
- você não tinha o direito de se
intrometer na minha família. Você podia ter me dito de uma vez e não ter feito
essa palhaçada.
- sabe o que é mais engraçado?
Seu pai é muito melhor na cama do que você.
- você não pode contar isso pra
ele. Você não pode contar ao Larry o que eu fiz com ele.
- porque você se importa?
- sabe Mike, eu não sinto só
tesão pelo seu pai. Eu sou apaixonado por ele. Quando te conheci é claro que
gostei de você, mas quando você me apresentou para sue pai eu vi o tipo de homem
que ele era. Ele te trata tão bem. Eu tive admiração pro seu pai, mas acabo use
tornando uma paixão.
- isso não justifica nada.
- você já se sentiu atraído pro
uma pessoa que nunca vai ter? – perguntou Charley.
Quando ele disse aquilo eu me
lembrei de Gray. Essas foram as palavras que ele disse. Era assim que me sentia
sobre Adam antes da noite passada.
- você drogou meu pai. Eu não me
importo que você esteja apaixonado por ele. Você podia ter dito a ele. Você iria
levar um grande fora, mas pelo menos não faria a coisa horrível que fez.
- você não pode se fazer de puritano.
Você tranzou com meu pai além do mais você está redondamente enganado sobre o
que viu.
- não me interessa como os fatos
são para você. A diferença é que seu pai queria. Você é patético Charley. Acho
que seu pai não gosta de você e não fato de você ser gay. Você diz que ele é homofóbico e tal, mas bastou
um flerte e ele foi pra cama comigo e acredite em mim: nós fizemos como um
casal de coelhos.
- respeita meu pai.
- quer saber? Acabamos aqui
Charley. Vá embora e não volte nunca mais.
- Mike, por favor, não pode
terminar comigo.
- porque não?
- eu não posso me afastar de seu
pai.
- você está de brincadeira?
raiva?
- você não entende Mike, eu amo
seu pai, eu estou apaixonado por ele.
- você é louco? Você drogou meu
pai e estuprou ele. Você não faz isso com a pessoa que ama. Eu também já me
apaixonei por um hétero, mas nunca pensei em fazer algo como isso. É bárbaro, é
nojento.
- Mike você não entende! Eu sinto
essa coisa quando olho para ele.
- isso se chama paixão. Você
precisa superar.
- quer saber? Eu digo a ele que
gosto dele. Talvez ele sinta o mesmo.
- acorda Charley meu pai não
gosta de você seu babaca.
- gosta sim Mike. A primeira vez
que vi seu pai eu me apaixonei por ele e por seu corpo. Eu tive que me
satisfazer em casa pensando nele. Toda vez que eu via seu pai eu me satisfazia
em casa até que finalmente eu tive a chance te ficarmos sozinhos. Eu então
preparei a bebida e coloquei algo que ajudasse ele a relaxar afinal era nossa
primeira noite sozinhos.
- você é louco, você não entende?
Meu pai não te ama Charley! Nem o seu pai gosta de você, quem dirá o meu.
- você não tem o direito de dizer
isso – falou Charley avançando em mim e me derrubando no chão ele subiu em cima
de mim e pressionou suas mãos fortes no meu pescoço. Estava sem ar. As mãos
dele estavam fortes em meu pescoço.
- você não tinha o direito de
fazer o que fez com meu pai.
Tremia as pernas e os braços,
minha cabeça doía, mas eu não conseguia escapar de suas mãos. Charley começou a
chorar em cima de mim. Tentava respirar, mas isso só arranhava minha garganta.
Tentava agarrar algo com as mãos
e depois de procurar agarrei um fio e o puxei com força. A tela no meu
computador caiu com toda a força no chão.
Temos um banheiro no segundo
andar e Vanessa estava indo ao banheiro quando ouviu o barulho.
Ela parou de andar e ficou
olhando em direção a minha porta.
- Mike? – falou ela.
Eu bati minhas pernas e senti
elas ficarem dormentes e depois meus braços.
- Mike? Você está bem? – ela
disse isso abrindo a minha porta.
Ela deu um grito quando viu
Charley me enforcando no chão.
- SOCORRO! SOCORRO! – falou ela
gritando com todas as forças.
Infelizmente já não respirava e
Charley continuava apertando meu pescoço.
Uma barulheira se formou enquanto
todos subiam pelas as escadas desesperadamente.
- MIKE! – gritou Vanessa
chorando.
Gray entrou no quarto primeiro e
quando viu a cena deu um chute nas costelas de Charley o fazendo soltar meu
pescoço.
Meu pai entrou no quarto e quando
em viu se ajoelhou ao meu lado.
Fritz entrou no quarto e Charley
tentou se levantar e ele e Gray o derrubaram outra vez.
- Larry! – falou Charley tentando
se soltar. Ele estava mais forte do que de costume.
- liga pra ambulância – falou
Steve.
- Adam pegou o celular e saiu
pelo corredor chamando a ambulância.
Charley se contorcia tentando se
soltar então Fritz deu um soco na cara dele e depois outro e o terceiro foi
certeiro. Charley desmaiou.
Meu pai se afastou de mim devagar
e se apoiou na parede. Seu rosto não tinha expressão ele apenas ficou lá em
silêncio. Fritz saiu de cima de Charley e veio até mim e colocou o ouvido no
meu coração e não ouviu o som das batidas. Ele pegou no meu braço e não tinha
pulso.
- precisamos da ambulância. –
falou Fritz.
- está a caminho – falou Adam. –
ele está vivo?
Fritz abriu minha boca, tampou
meu nariz e fez respiração boca a boca e massagem no meu coração.
- eu não vou aguentar perder mais
alguém. – falou meu pai. – eu não vou perder meu filho.
Fritz mais uma vez fez respiração
boca a boca e logo após massagem no meu coração.
Meu pai se levantou e saiu do
quarto.
- você está bem Larry? –
perguntou Adam.
Meu pai não respondeu nada e
apenas entrou no quarto e bateu a porta.
Fritz continuava tentando me
reanimar e mais uma vez sem sucesso.
“Ele abriria
o cofre que tem no quarto dele e pegaria a arma que tem lá dentro e daria um
tiro no meio da testa do Charley” – Essas
foram às palavras que vieram à cabeça de Denny.
Denny estava de fora com os
braços cruzados olhando para mim caído no chão ele então olhou para o corredor
e foi em direção ao quarto do meu pai.
Ele abriu a porta e meu pai
estava ajoelhado no chão com a arma na mão apontada para a cabeça.
- Larry – falou Denny pulando em
cima do meu pai e derrubando ele no chão. O tiro ecoou quando a arma disparou na
parede. Eu abri os olhos assustado com o barulho e dei uma garfada de ar.
- ele acordou – falou Xavier
ajoelhado ao meu lado junto ao Fritz.
- precisamos leva-lo ao hospital
– falou Fritz se levantando e saindo do quarto. Eu estava fraco e não conseguia
me mexer direito.
Fritz se levantou correndo e foi
até a porta receber os paramédicos. Steve se ajoelhou no chão e colocou a mão
em baixo da minha cabeça me fazendo ficar mais confortável.
Ele alisou meu pescoço vendo as
marcas que tinham ficado por causa da força que Charley colocou em mim. Meu pai
entrou no quarto e Xavier se levantou dando espaço para ele.
- pai – falei com a garganta
doendo. Minha voz saiu rouca.
- não se preocupe filho, eu estou
aqui – falou ele alisando minha testa que suava frio.
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