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DESCOBERTAS
capítulo quinze
urante todo o fim de semana não existiu mundo lá
fora. Era apenas Adam e eu dentro daquele quarto. Não éramos chefe e empregado,
não éramos amantes, não éramos nada além de dois homens apaixonados curtindo a
companhia um do outro. Isso é a com certeza o que mais nos definia naquele
momento. Na segunda de manhã nós pegamos o nosso voo de volta a San Diego. Adam
e eu conversamos durante todo o trajeto. Aquela viagem tinha nos aproximado de
uma forma que eu nunca pensei que fosse possível.
Ao sairmos do aeroporto cada um pegou um taxi
diferente. Adam foi o último porque ele queria me esperar. Coloquei minha mala no
porta malas do taxi e assim que o taxista fechou e o trancou eu olhei para
Adam.
- esse dinheiro é para pagar seu taxi até em casa –
falou Adam com um bocado de dinheiro.
- não precisa.
- eu insisto – falou ele embolando o dinheiro e
colocando no meu bolso.
- obrigado – falei com vontade de dar um beijo de
despedida, mas não queria parecer um tolo apaixonado.
- te vejo amanhã no trabalho?
- pode apostar que sim.
Acenei para Adam dentro do taxi á caminho de casa.
Ao chegarmos paguei pela corrida e ao entrar em casa vi meu pai sentado no sofá
parecendo preocupado.
- estou de volta – falei entrando
em casa.
- senti suas falta meu filho –
falou ele vindo até mim para um abraço. Eu não o abracei de imediato, mas
decidi manter ás aparências.
- também senti a sua pai.
Depois do abraço, contei
brevemente alguns detalhes de viagem e de coo Detroit era linda. Em seguida entrei
no meu quarto tranquei a porta. Tomei um banho gelado e demorado. Enquanto a
água gelada caia em meu corpo eu lembrava das coisas que Adam e eu fizemos
naquele hotel. Todas as coisas que dissemos um para o outro. Aquela aflição de
ficar longe dele já me apertava o coração.
Dormi quase a tarde, toda estava
muito cansado. Quando acordei o relógio marcava quase sete da noite. Desci ás
escadas e meu pai disse que estava fazendo o jantar. Eu peguei algo para comer
e levei para meu quarto. Estava na hora de conferir as gravações da noite
anterior. Seria doloroso assisti-las, mas eu precisava ter certeza do que tinha
filmado para jogar na cara dos dois traidores.
- vamos lá – falei.
Liguei o computador e logo abri o
programa. Eu tinha deixado a câmera gravando desde quinta-feira cedo e tinha
colocado o computador para desligar na sexta-feira ás 07:00 da manhã ou seja,
isso me rendeu 24 horas de gravação, mas eu só assistiria a partir dás 18:00.
Tomei um gole do copo de leite e
mordi um pedaço do pão de queijo. Comecei a assistir a câmera da cozinha, mas
tudo o que eu via era meu pai entrando, saindo, ele fazendo comida, depois
Charley chega e depois eles saem e vão para a sala. Eu assisti até muito tempo,
mas desisti de assisti-la.
- Vou levar muito tempo para
assistir todas às cinco câmeras. Uma por uma, será que existe um jeito de eu
rodar as cinco Câmeras em sincronia?
Explorei um programa até que ele
ofereceu uma tela dividida em quatro telas. Coloquei a câmera da cozinha, a da
sala que mostrava o sofá e as escadas e as duas Câmeras do quarto do meu pai.
Eu coloquei todas elas para tocar
em sincronia e agora era só assistir.
Meu pai chegou do trabalho ás
17h33min. Ele entra vai para o quarto e troca de roupa. A hora foi passando e
ás 18h10min Charley chegou, eles se cumprimentam, mas não acontece nenhum beijo
nem nada.
A filmagem continuou e eu vi meu
pai ligando para mim.
Por volta dás oito da noite alguém
bate na porta e chega uma pizza e refrigerante. Eles bebem e comem e ás nove e
meia da noite meu pai pega quatro cervejas e entrega uma para Charley e deixa
duas sobre a mesa. Eles se sentam e assistem a um filme e nesse tempo as
cervejas acabam e meu pai pega mais quatro. Ás 22h20min Charley se oferece para
pegar outras.
Ele se levanta e vai até a
cozinha. Ele pega dois copos e abre duas latinhas ele então pega algo no bolso.
Meus batimentos cardíacos
aumentaram ao ver ele colocar dois comprimidos e amassa-los no copo. Depois
coloca um liquido e só depois a cerveja. Depois limão e sal. Logo após vai a
sala e entrega o copo pra ele..
- o que é isso? – falei começando
a ficar nervoso e ansioso, eu comecei a avançar rápido a cena e parava quando
via algo acontecendo.
Meu pai bebe e começa a ficar
tonto, Charley desliga a teve e ajuda meu pai a subir as escadas, meu pai está
tão tonto que mal consegue subir e eles sobem quase que um degrau por vez.
Eles entram no quarto e meu pai
cai na cama e desmaia. Charley tira a roupa do meu pai. Aquilo foi um choque.
Senti algo estranho dentro de mim. Talvez arrependimento por todas as coisas
horríveis de pensei de meu pai nesse tempo.
Charley tira a roupa e chupa o
pênis do meu pai. ele lambe o peito do meu pai a barriga beija a boca dele,
tudo isso com meu pai desmaiado na cama.
Ele pega a mão do meu pai e
coloca no pênis dele e começa a mexer a mão dele como se ele estivesse o
masturbando. Charley então subiu em cima do meu pai e sem camisinha rebolou até
o pênis do meu pai entrar.
Ele rebolava, subia e descia e
pegou as mãos do meu pai e colocou na cintura dele e segurou.
Depois disso tudo ele sai de cima
do meu pai e enfia o dedo do meu pai na bunda dele. depois ele levanta as pernas
do meu pai e passa bastante gel na bunda dele e também sem camisinha o penetra.
Ele fode meu pai e depois de uns 5 minutos ele tira e vai até o rosto do meu
pai e goza na cara e na boca dele. Ele lambe o rosto do meu pai e cospe dentro
da boca dele.
Ele vai até o pênis do meu pai e
o masturba até que goza na boca dele. Ele vai até a boca do meu pai e cospe
dentro e depois usa as mãos para fechar a boca do meu pai e ele massageia o
pescoço do meu pai e o faz engolir. Mesmo depois de gozar o pênis do meu pai
continua ereto. Aqueles comprimidos que Charley colocou na bebida provavelmente
era Viagra.
Depois ele cobre meu pai com um
cobertor e se deita ao lado dele e deita a cabeça no peito dele e fica
massageando o pênis duro até dormir. Ele dorme até á meia-noite e depois veste
a roupa em meu pai deixando ele apenas sem camisa. Ele sai do quarto.
Eu estava tremendo de ódio e
raiva.
- então é por isso que meu pai
diz não se lembrar de nada e estava com o sono pesado o dia que eu tentei
acordá-lo.
Me levantei e minha cabeça estava
estourando de tanta dor, eu tinha ficado chocado com aquilo. Meu pai sendo
estuprado dentro de casa e eu achando que ele estava transando com o meu
namorado. Eu desliguei o computador e com dificuldade abri a porta do meu
quarto um fogo estava dentro de mim. Minhas pernas estavam bambas.
- filho vem jantar – falou meu
pai. Cheguei na escada com os olhos vermelhos.
- filho? o que aconteceu?
Desci dois degraus até que senti
uma pontada na cabeça e me desequilibrei e cai. Eu bati a cabeça e desmaiei na
hora e fui rolando escada abaixo. Meu pai ficou doido e veio até mim caído no
chão, eu apenas via a escuridão.
Sonhei que estava andando em uma
floresta e um anjo brilhante desceu em minha frente e assim que eu o toquei ele
perdeu sua luz e suas duas asas se quebraram e ele caiu em agonia e dor no chão
e eu assustando andei para trás até que cai em um abismo e acordei ofegante. Eu
não abri os olhos imediatamente. Eu senti uma dor na cabeça e coloquei a mão e
senti um curativo.
Levei um susto e pensei estar em
um hospital eu dei um pulo na cama e me sentei rápido.
Olhei em volta e ainda estava no
meu quarto. Minha cabeça começou a latejar pelo movimento brusco que eu fiz e
eu me levantei me lembrando do desmaio e o motivo dele. Eu me lembrei da
filmagem. Eu olhei para meu computador e ele ainda estava desligado. Aquelas
cenas vieram à tona na minha cabeça fazendo com que ela doesse mais. Eu olhei
para o relógio e era 01h40min da madrugada.
A cena do meu pai desacordado na
cama e Charley estuprando ele veio mais forte e dessa vez eu me levantei tonto,
coloquei a mão na ferida que doía e abri a porta do meu quarto.
- PAI! – gritei chamando por ele.
Eu fui no corredor andando e
cambaleando me apoiando na parede.
Eu ouvi passos na escada e de
repente meu pai surgiu e me segurou no último instante antes que eu caísse com
tudo no chão.
Com todas as suas forças tentando me carregar, mas eu era muito pesado.
- me ajudem
por favor! – falou meu pai alterado.
Logo atrás dele vieram Adam, Xavier e Denny. O que diabos eles faziam lá em casa?
- me ajudem a leva-lo pra cama. –
falou meu pai.
- pai – falei tonto enquanto ele
me levantava e me levava de volta para o quarto. Eu ouvi passos na escada, mas
não vi quem tinha chegado.
Eles me colocaram na cama e eu
deitei com tudo. Eu senti algo escorrendo do meu rosto. Tinha sangue saindo do
curativo.
Passei o dedo e vi o vermelho.
- Fritz ele está sangrando –
falou Adam.
Olhei para a porta e vi um homem
vindo rapidamente até mim.
- quem é ele? – perguntei.
- esse é Fritz. É um médico
particular – respondeu meu pai.
Fritz se aproximou de mim e abriu
meus olhos com os dedos e colocando uma luz forte nos meus dois olhos.
- ele está consciente, os
reflexos estão bons. Ele só forçou a ferida e por isso vou ter que tirar o
curativo e verificar, pois alguns dos pontos podem ter sido abertos.
Me sentei me escorando na
cabeceira e Fritz se sentou na cama e ficou de frente pra mim.
- olá rapaz – falou Fritz em alto
e bom som – está me ouvindo?
Eu balancei a cabeça positivamente.
- você sabe seu nome? Se sim eu
preciso que me diga voz alta.
- Mickey – falei quase
sussurrando.
- ótimo, agora preciso que diga o
nome das pessoas que você vê nesse quarto.
Eu olhei e fui dizendo os nomes.
- Larry, Adam, Steve, Xavier e
Denny.
- muito bem – falou Fritz.
Você consegue levantar os braços
e mate-los no ar por 10 segundos?
Levantei os braços deixando ele
na horizontal e Fritz contou até dez e eu logo eu desci os braços.
Ele foi até minhas pernas e deu
beliscões.
- ai – falei.
- ótimo. – falou Fritz. – ele tem
o movimento de todos os membros – falou ele olhando para trás.
- graças a deus – falou meu pai.
- pelo visto não temos uma
sequela aparente, mas não estamos livres do risco, as próximas doze horas são
de suprema importância ele precisa caminhar, conversar e o mais importante, não
pode dormir.
- você entendeu? – perguntou
Fritz pra mim.
- sim.
- vamos fazer de tudo para que
não precisemos levar você ao hospital entendeu? Seja um rapaz obediente e não
durma.
- okay – falei dando uma risada
que fez minha testa doer. Duas gotas de sangue caíram no meu rosto. Era hora de
fazer um curativo.
- nós temos que fazer o curativo.
Pessoal eu vou precisar que vocês saiam. – falou Fritz.
- alguém pode ficar aqui comigo?
– perguntei – eu tenho medo de agulhas.
- pode sim – falou Fritz – mas só
uma.
- eu fico filho – falou meu pai.
- não pai – falei – eu me lembro
da mamãe.
- eu até ficaria – falou Adam. –
mas eu não posso ver sangue se não desmaio.
Quando ele disse isso eu vi que
ele estava de costas.
- pelo amor de deus, qualquer um.
– falei sentindo uma pontada na ferida.
- eu fico – falou Steve. – dando
a volta na cama e se sentando ao meu lado e escorando na cabeceira.
- filho, eu liguei para o Charley
e logo ele vai estar aqui. – falou meu pai antes de sair.
Fritz tirou o curativo revelando
a feria.
- não – falei tremendo a voz. –
não o quero dentro dessa casa pai! – a cada palavra que eu falava eu aumentava
o tom da minha voz.
- ele não pode passar estresse
nenhum durante esse tempo. – falou Fritz.
- tudo bem – falou meu pai
confuso – eu vou ligar para ele e dizer que você está cansado.
Eles saíram e fecharam a porta.
- alguns pontos abriram – falou
Fritz.
Ele se levantou e foi até a
cômoda e pegou a pasta preta que ele tinha trazido e pegou uma agulha de sutura
e a linha para fechar.
- Mike, infelizmente eu não vou
poder colocar anestesia em você então vai doer. Vou ser bem sincero, vai doer
bastante.
Eu respirei fundo quando ele
disse isso.
- ainda bem que você não veio de
jaleco – falei – isso me assustaria mais.
Ele se aproximou e sentou-se na
cama e limpou a cicatriz e preparou a agulha. Eu estava com tanto medo que me
tremia todo, meus dentes começaram a bater como se eu estivesse com muito frio.
- fica calmo – falou Fritz. – eu preciso
que você se acalme e não se mecha.
- segura minha mão – falou Steve.
- conversa com ele Steve assim
ele se distrai.
Ele me deu a mão e eu segurei.
- pode apertar – falou Steve –
mas não se acostumando a segurar minha mão. Já fique sabendo que comigo você
não tem chance
- coitado – falei sentindo a
agulha entrar. Eu apertei a mão dele e gemi de dor.
- A Vanessa também veio – falou
Steve – ela está lá em baixo.
- todos vocês... – dei uma pausa
enquanto o ele puxava a linha – todos vocês vieram?
- sim. Você não sabe o que seu
pai aprontou. Ele deixou todo mundo doido. Quando você desmaiou ele foi até
você e arrancou a camisa e cobriu o corte. Ele correu aqui no seu quarto e
ligou para todo mundo da sua lista. Ele ligou pra mim, pro Adam, Gray... Todo
mundo. Ele ligava e perguntava se não conhecíamos um médico que atendia em
casa, mas nenhum de nós sabia, até que ele ligou para Adam que ligou para o
Fritz.
- ainda bem que ele não ligou
para a ambulância – falei – seria pior pra mim. Ele sabe o que eu faço quando
entro em um hospital.
- prontinho – falou Fritz.
- foi rápido.
Eu soltei a mão do Steve e esperei Fritz colocar
outro curativo.
- pronto, agora não levanta daqui
até você estar bem. Quando você não estiver mais tonto você chama um de nós
para te ajudar a descer as escadas.
- obrigado – falei – obrigado por
ter vindo.
- não me agradeça. É meu
trabalho. E não precisa ficar com pressa que eu vá embora porque você precisa
ficar em observação e como você não vai ao hospital o hospital veio até você.
Preciso ficar aqui.
- me promete que não vou precisar
ir para o hospital. – falei.
- você precisa fazer duas coisas:
não dormir e se sentir alguma dor me dizer imediatamente. Ou do contrário vou
precisar te levar ao hospital para fazer uma série de exames.
- tudo bem – respondi.
Fritz olhou no relógio e disse
que viria me ver em 10 minutos.
Steve se levantou para sair.
- chama meu pai pra mim, por
favor?
- tudo bem. – falou ele saindo.
- deixa a porta aberta.
Ele saiu e a porta ficou aberta.
Algum tempo depois meu pai entrou
no quarto.
- o que foi filho?
- pai eu não quero mais que
Charley entre nessa casa está ouvindo?
- porque filho?
- eu vou terminar o namoro com
ele assim que eu vê-lo. Eu não te dizer o motivo, mas pode considerar nosso
relacionamento acabado.
- tudo bem – falou meu pai – mas
fique sabendo que ele é um rapaz muito bom.
- pro favor pai, não posso me
estressar nem toque no nome dele perto de mim.
- tudo bem – falou ele segurando
minha mão. Eu vi que ele estava com um curativo no dedo.
- aonde o senhor se cortou?
- quando eu estava na estante da
sala procurando a lista telefônica eu esbarrei no anjo de vidro que sua mãe
comprou o dia que nos mudamos pra cá. Eu fui recolher os cacos e acabei me
cortando.
- tudo culpa minha – falei.
- não se preocupe com isso.
Fritz bateu na porta e entrou.
- vim checar como nosso garoto
está – falou ele checando mais uma vez os meus reflexos. – tudo certo – falou
ele, te vejo em 10 minutos.
- pai chama a Vanessa pra mim eu
quero vê-la.
- tudo bem – falou meu pai saindo
do quarto e logo Vanessa veio.
- oi Mike – falou ela ficando em
pé.
- senta na cama, você está em
casa.
Ela se sentou.
- como você está?
- estou bem melhor agora.
- obrigado por ter vindo – falei
– fico feliz que tantas pessoas se importam comigo.
- eu fiquei muito preocupada,
liguei para Adam e perguntei onde você morava e ele me passou o endereço.
Vanessa e eu conversamos por quase
1 hora, eu não tinha marcado, mas Fritz tinha vindo até meu quarto ver como eu
estava seis vezes então foi mais ou menos isso.
- já vou descer você precisa
descansar.
- chama o Xavier pra mim.
- eu chamo – falou ela saindo do
quarto e descendo as escadas.
Em poucos minutos Xavier
apareceu.
- oi Mike – falou ele entrando e
ficando em pé.
- não se acanhe pode sentar na cama.
Ele então se sentou.
- que susto você nos passou.
- quase morro e levo todos
comigo? – falei dando uma risada.
- mais ou menos isso.
- eu estou é envergonhado, o
único dia… - nesse instante eu não consegui dizer mais nada. Eu tentava formar
as palavras, mas elas saiam diferente. Xavier percebeu que eu não dizia nada
com nada.
- o que você disse? – perguntou
Xavier.
Eu respirei fundo e mais uma vez
tentei falar, mas as palavras não saiam. Se eu pensava em dizer “tudo bem”
minha boca dizia “casa vermelha” eu sabia quais palavras queria dizer, mas
quando minha boca abria as palavras ditas eram outras.
Me assustei com o que tinha dito.
Era como se eu não controlasse o que queria dizer. Eu pensava nas palavras, mas
não era elas que saiam.
- FRITZ! – falou Xavier na porta
do meu quarto.
Eu comecei a ficar com medo.
Ele veio correndo e meu pai veio
atrás junto com todo mundo.
- o que aconteceu? – perguntou
Fritz sentando na cama e já olhando meus reflexos.
- nós estávamos conversando e
então ele começou a falar coisas sem sentido.
- quantas vezes? – perguntou
Fritz.
- duas vezes. Ele começou a falar
normalmente e então de repente ele dizia várias palavras sem sentido.
- Mike, você está entendendo o
que eu digo? – perguntou Fritz.
Não me atrevi a dizer uma palavra
com medo do que fosse sair e apenas balancei a cabeça positivamente.
- você precisa falar algo. –
falou Fritz.
- eu apenas balancei a cabeça
negativamente – e se eu perdesse a fala?
- eu sei que você está com medo –
falou Fritz – mas isso pode acontecer não significa que você não vai conseguir
conversar normalmente. Existe uma parte do cérebro que é responsável pela
dicção das palavras, é mais provável que tenha sido só um choque. É normal isso
acontecer em casos de pancadas no crânio.
- você sempre diz uma frase
quando está se sentindo com medo de fazer algo, qual é ela? – perguntou meu
pai.
- sempre faça aquilo que te dá
mais medo – falei.
- diga outra vez – falou Fritz.
- sempre faça aquilo que te dá
mais medo. – falei outra vez sem erros e dei um sorrido. – ainda bem.
- eu não te disse? A pancada foi
forte é normal isso acontecer, eu trabalho com muitas crianças eu já vi casos
de perda da visão temporariamente, perda do movimento de um dos braços e até
pessoas que não conseguem segurar a urina e fazem na roupa.
- ainda bem que não fiquei com
esse.
- diga mais algumas coisas só
para eu ter certeza.
- tudo bem – falei.
- me fale algo sobre você? –
falou Fritz
- não sei o que dizer. Além do
fato de eu ser o garoto mais azarado do mundo.
- cante alguma coisa pra mim. –
falou ele – uma música que tenha aprendido a letra recentemente.
Cantei um trecho de “Moon River” de Louis Armstrong.
- ainda bem que você não é cantor
– falou Steve em tom de brincadeira. Todos deram boas risadas.
Todos riram e Fritz rindo disse
que não precisaria mais cantar.
- vou precisar que façam algo por
mim, preciso que fiquem conversando com ele o tempo todo e que observem o
comportamento dele. Se ele começar a dizer algo e parar de repente ou então esquecer
o que estava falando.
- tudo bem – responderam todos.
- eu fico aqui com ele – falou
Denny.
Todos saíram e Denny se sentou na
cama.
- você está melhor?
- estou sim. Desculpa ter que
ficar acordado em uma noite de domingo.
- sem problemas. – falou Denny.
- Denny eu preciso contar uma
coisa séria pra você.
- o que é?
- fecha a porta do quarto, por
favor, e tranque.
- o que foi?
- liga meu computador e abre um
programa chamado Camera TSG. Eu
coloquei umas câmeras escondidas na casa.
- você está me assustando – falou
ele indo até o computador e ligando ele.
- quando abrir o programa clique
na barra azul e vão aparecer quatro telas. As imagens estão salvas é só clicar
em play.
O computador ligou e ele abriu o
programa e fez o que eu orientei e logo o filme começou a passar.
- você escondeu câmeras na casa
toda? – perguntou ele vendo as filmagens.
- só na cozinha, na sala e no
quarto do meu pai.
- que dia é esse? – perguntou
Denny assistindo ao Charley chegando e meu pai o recebendo.
- sexta-feira passada. Eu estava
trabalhando.
Avança até a hora em que eles
bebem.
Denny avançou e ficou assistindo
atento. Então chegou a cena que Charley via a cozinha pegar a cerveja.
O filme passava e eu via a cara
de Denny.
- Mike... isso é uma piada? –
perguntou Denny quando Charley tirou a roupa do meu pai.
- não – falei limpando lágrimas
que caiam dos meu olhos – infelizmente essas filmagens são reais.
Ele continuou assistindo até que
não conseguiu mais e desligou.
- não consigo assistir mais isso
– falou Denny – Mike, seu pai sabe disso?
- não – falei engolindo e
limpando os olhos para que não ficassem vermelhos.
- o que você vai fazer? Você tem
que levar isso a policia.
- não posso – falei – não posso
fazer isso.
- eu estou chocado Mike. Estou
horrorizado com isso. Você não pode deixar isso passar. Ele poderia ter matado
seu pai com aqueles remédios e com a bebida.
- eu sei – falei – você não acha
que tudo isso passou por minha cabeça? O pior é que eu pensei que Charley
estava tendo um caso com meu pai.
- então foi isso que aconteceu
aquele dia que me ligou chorando?
- foi.
- Mike ele precisa pagar pelo que
fez.
- eu estou pensando em algo e
quero sua opinião – falei.
Ele então deu a volta na cama e
se sentou meu lado. E eu comecei a explicar o que faria.
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