CHAMA ETERNA capítulo quatro
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ntes de ir para casa, passei no supermercado para
comprar algumas coisas que faltavam em casa. Enquanto procurava por iogurtes
esbarrei no carinho de alguém.
- me desculpa – falei olhando
para trás e vendo Peter.
- Mike?
- Peter? Que… surpresa!
- a quanto tempo não te vejo –
falou ele se aproximando para pegar na minha mão, mas eu avancei um pouco mais
e dei um beijo no rosto dele.
- como você está? – falou ele
dando um beijo no meu rosto também.
- estou bem.
- e você e Denny? Gostando de
morar juntos?
- sim – falou ele com um meio
sorriso – estamos nos acostumamos com a vida. E você e Adam? Estão bem?
- estamos ótimos! Super bem.
Vivendo um sonho.
- tem certeza? Você parece meio
nervoso.
- não é nada é que aconteceu algo
agorinha a pouco.
- é bom ver você Mike!
- também é bom te ver Peter.
Senti sua falta.
- também senti a sua. Quer saber?
Vamos marcar um dia sair juntos. Só você, Adam, Denny e eu.
- com certeza. E por falar nisso:
mande um abraço para Denny. Diga que estou com saudades dele.
- acho que ele não vá acreditar.
Eu não acreditaria.
- porque?
- porque você meio que se afastou
de nós. Faz um bom tempo que você não liga.
- porque fica todo mundo dizendo
que eu me afastei?
- talvez todo mundo esteja certo.
Peter tinha dito algo
inteligente. Eu andava afastado de todo mundo ultimamente, mas como eu posso me
preocupar com minha vida social quando minha vida pessoal se desmorona.
- mesmo assim diga a ele. Quando
quiser sair é só me ligar. Adam e eu ficaremos muito felizes de sair com vocês.
- com certeza – falou ele se
aproximando para se despedir.
Eu estendi minha mão, mas dessa
vez ele se aproximou e deu um beijo no meu rosto e eu dei um beijo no dele.
- até mais – falou ele se
afastando.
Ver Peter foi bom, mas ao mesmo
tempo Ruim. Em uma certa época de minha vida eu pude escolher entre Adam e
Peter e acabei escolhendo o errado. Agora Peter tinha se tornado um homem
bonito, atencioso e charmoso que cuidava da própria vida. Eu não posso negar
estar arrependido da decisão.
- já de volta? – perguntou Bart.
- sim.
- desistiu de caminhar?
- por favor Bart, nós dois
sabemos que eu não iria apenas “caminhar”.
- que bom que voltou – falou ele
– significa que o seu casamento ainda pode ser salvo.
- a essa altura do campeonato eu
não sei o significado de mais nada do que acontece em minha vida.
- não seja tão pessimista. Tenho
certeza que tudo vai dar certo. Eu continuo torcendo por vocês.
- obrigado Bart. Quem me dera ser
tão otimista quanto você.
Segui meu caminho até o bloco do
meu apartamento. Era hora de encarar o buquê por mais algumas horas.
Fazia exatamente uma hora que eu
estava sentado no sofá encarando o maldito buquê. Não sei porque, mas ao me
afastar daquele apartamento eu me senti um pouco melhor. Era como se todas as
coisas que fiz no mundo estivessem escritas na parede daquele apartamento. As
coisas boas, as ruins e a péssimas. Minha vida era feita de coisas péssimas.
Coisas que aconteciam devido as minhas escolhas erradas na vida. Não me
arrependo de nenhuma escolha que eu fiz na vida, afinal eu não teria chegado
aqui se fossem elas.
Algumas vezes eu levantava do
sofá e ia em direção ao buquê e ao presente. Eu queria muito simplesmente
jogá-los na lata de lixo e fingir que nada disso aconteceu. Adam pode ser
canalha, mas é o meu canalha e o de mais ninguém. Adam não havia ligado para
mim. Eu tentei mais algumas vezes antes de finalmente desistir. Eu só queria
saber como se pode amar alguém sem se machucar?
Por fim decidi esperar ele
chegar. Se ele chegasse. Quando o relógio marcou ás sete e trinta da noite ouvi
a chave entrando no trinco da porta. Meu coração palpitou e uma dor forte tomou
conta do meu estômago. Eu dei um pulo do sofá e fiquei de pé. E então me sentei
e outra vez me pus de pé. A porta se abriu e Adam entrou. A primeira coisa que
ele viu foi a “encomenda” em cima da mesa. Eu notei a surpresa em seu olhar.
- ele… veio pra cá? – falou ele
gaguejando.
- veio – falei tentando parecer
calmo.
- me desculpa… – falou ele se
aproximando de mim.
Eu não consegui dizer nada. Adam
se aproximou de mim com as mãos estendidas e deu um beijo na minha boca.
- … eu não queria estragar a
surpresa – falou ele me dando outro selinho – você gostou? – perguntou ele
sorrindo.
- e-eu… gostei?
- claro. Gostou ou não? – falou
ele olhando para o buque e se aproximando – você não abriu?
- era pra mim? – falei dando um
passo.
- claro, pra quem mais seria?
- não, quer dizer – falei
tentando sorrir – eu sabia que era pra mim, mas eu não quis abrir até que você
chegasse. Para não estragar a surpresa.
- que bom – falou ele pegando em
cima da mesa e me entregando – pra você.
- obrigado – falei pegando mais
uma vez o buque e sentindo o cheiro das flores.
- eu não sabia se você gostava de
tulipas.
- eu gosto – falei me aproximando
e dando um selinho em sua boca.
- abra a caixa – falou ele me
puxando para perto do sofá. Ele se sentou e me puxou fazendo eu me sentar em
seu colo.
- ok – falei tremendo. Eu abri a
caixa e lá dentro havia um par de alianças prateadas com uma tira de ouro e
vários diamantes ao redor.
- eu sei que esses últimos dias
não tem sido fáceis… eu não tenho sido uma pessoa fácil e nem uma pessoa muito
amável. Essa é a maneira de pedir perdão e de te agradecer por ter sido tão
paciente comigo.
- obrigado – falei tirando minha
aliança e colocando a nova. Adam me mostrou a mão e eu tirei a dele e a
coloquei. – peguei o cartão para ler o que estava escrito: “Me perdoe pro ter
sido um imbecil”.
- eu te amo sabia? – falou ele
beijando minha mão.
- também te amo – falei me
aproximando de seu rosto dando um beijo.
- eu espero que possamos esquecer
aquele dia que brigamos e eu disse que a culpa dos meus problemas era sua.
- ok. Não se preocupe – falei me
levantando com as pernas cambaleando. Eu andei em direção a porta de saída do
apartamento. Por fora eu era uma rocha, mas por dentro eu não passava de uma
escultura de gelo que se derretia.
- onde você vai? – perguntou Adam
ainda sentado intrigado.
Eu apenas me virei.
- quem é Marisol? – perguntei de
uma vez em um tom bem calmo.
- como você sabe da Marisol.
- eu ouvi você conversando com
ela a noite.
- essa é a noticia que eu
esperava te dar mais tarde, mas que se dane: Eu consegui acionistas na empresa.
- Acionistas?
- sim. Nessas últimas semana
conheci Marisol. Ela se interessou em comprar ações da e para minha sorte ela
conhecia alguns advogados que estavam interessados em investir.
- Roman sabe disso?
- claro, ele estava lá comigo o
dia todo. Nós estávamos resolvendo os últimos detalhes do contrato. Após a
assinatura do contrato todos resolveram sair para beber e comemorar a sociedade
e eu pedi a Roman que me acobertasse dessa vez Eu estava louco para vir para
casa ficar com você.
- como você conheceu essa
Marisol? – perguntei tentando não parecer muito interessado nela.
- Heloise. Uma amiga minha. –
falou Adam bocejando.
- vocês são amigos em comum?
- não, Heloise é esposa de
Marisol – falou ele se levantando – chega de perguntas ok? – falou Adam me
abraçando por trás – não quero falar de trabalho. Tudo o que eu quero é passar
o resto da noite com você: podemos fazer uma comida que você goste, assistir um
filme que você não viu e depois quando formos nos deitar eu faço aquilo que
você tanto gosta – falou ele beijando meu pescoço.
- que ótimo – falei respirando
fundo.
- agora eu vou tomar um banho –
falou ele beijando meu rosto e indo para o quarto.
- obrigado pelo anel – falei
agradecendo outra vez.
- por nada – falou ele sorrindo e
tirando a roupa.
Bom, acontece que não era Adam
que estava distante todos esses dias, mas sim eu. Fui até o quarto e quando
ouvi o barulho da água caindo no chão do banheiro. Respirei fundo e tirei minha
roupa. Peça por peça. Entrei no banheiro e Adam estava todo ensaboado.
Enquanto entrava no box ele ficou
em silêncio. Ele apenas me pressionou contra o vidro e beijou meu pescoço. Isso
era tudo o que eu precisava.
- eu te amo – falou ele afastando
minhas pernas e enfiando o pau na minha bunda. Bem lentamente ele traçou seu
caminho para dentro de mim.
- eu também te amo – falei
sentindo ele beijar minha orelha. Sua barba roçava em meu pescoço. Nós dois
gemíamos mais alto do que de costume. Adam deu um tapa forte na minha bunda me
fazendo gemer alto. Eu me virei e nós nos beijamos. Eu mordi seu lábio e em
seguida sua bochecha.
Ele abriu o box e saiu de lá de
dentro me puxando. Ele me jogou na cama molhado e levantou minha pernas
enfiando de uma vez. Ele deu um tapa na minha cara. Eu ouvi um leve zumbido. Eu
o puxei e o abracei cravando as unhas em suas costas e o arranhando.
- Haaa – falou ele gemendo.
Ele meteu com força e em seguida
caiu deitado na cama e eu fui por cima dele e me sentei.
- eu te amo – falou ele segurando
em minha cintura e metendo com força. Eu sentia meu rabo pegando fogo.
Eu me abaixei e lambi seu rosto e
em seguida sua boca. Ele tirou sua língua para fora e elas dançaram antes de um
longo beijo. Eu nunca me sentido assim antes e eu sentia que Adam também estava
gostando. Nós estávamos na mesma sintonia.
Eu me deitei de costas na cama e
ele se ajeitou em cima de mim e enfiou tudo de uma vez. Agora ele rebolava
lentamente.
- que delicia – falei sentindo
ele tirando o pau e se masturbando até gozar em minhas costas. Eu obviamente
havia gozado no lençol.
Adam então lambeu minhas costas e
eu virei meu rosto e nós nos beijamos. Água e suor escorriam por nossos corpos.
Seus cabelos agora grisalhos estavam desgrenhados.
Ele se deitou ao meu lado e me
puxou fazendo eu me deitar em seu peito. Nós ficamos em silêncio por alguns
instantes. Qualquer barulho agora ecoava por entre os cômodos. Adam encarava o
teto e eu a parede a minha frente.
- desculpa ter te batido – falou
ele sem olhar para mim.
- não tem problema. Eu gostei.
Ficamos mais alguns segundos
calados.
- desculpa ter te arranhado.
- eu também gostei – falou ele
respirando fundo.
Ficamos em silêncio por alguns
instantes. Eu fechei os olhos e tentei dormir ou apenas cochilar. Qualquer
coisa que me tirasse de lá, mas infelizmente nada aconteceu. Aquele momento foi
único. O quarto estava destruído. Só agora percebo o estrago que fizemos.
Eu me sentei na cama e Adam foi
para o banheiro e terminou seu banho. Em seguida foi minha vez. Após a refeição
em silêncio e o filme de comédia sem risadas fomos para a cama no quarto de
hóspedes que agora tinha duas camas de solteiro. Fazia tempo que os filhos de
Adam não nos visitava.
Adam se deitou apenas de cueca em
uma das camas e antes que pudesse ir para a outra ele me puxou e me fez deitar
junto dele. Sua respiração quente estava em minha nuca. Ficamos deitados por
mais de uma hora, mas nenhum de nós dormiu. Eu sabia que Adam não tinha dormido
porque ele beijava minha nuca de vez em quando.
Não sei o que havia no ar, mas
não nos deixava dizer mais do que duas palavras e não nos deixava pegar no
sono. Agora eu já não sentia mais nada. Depois da tranza que nós dois tivemos
eu tive a certeza de que nós dois fomos feitos um para o outro e que nosso
casamento poderia sobreviver a qualquer coisa. Pela primeira vez eu sentia que
nós dois havíamos nascidos para ficar juntos. Dentro de nós dois queimava a
chama eterna do amor.
- eu te trai – falei baixo. Por
alguns instantes não obtive resposta. Até pensei que Adam estivesse dormindo.
- eu também – respondeu ele.
Continuamos abraçados. Agora ele
havia me puxado para mais perto dele, como se fosse possível. Seu braço direito
me envolvia.
- qual o nome dele? – perguntou
Adam.
- Teddy – respondi sem delongas.
- ok – foi o que Adam disse.
- qual o nome dela? – perguntei.
- Troy – respondeu Adam parando
por alguns segundos – …um homem.
- ok – respondi – foram quantas
vezes?
- várias… muitas vezes no último
mês. E você?
- também – respondi respirando
aliviado – está tudo acabado agora. Entre Teddy e eu.
- entre Troy e eu também.
- eu te amo – falei me virando na
cama. Agora eu olhava em seus olhos.
- também te amo – respondeu ele
com um beijo em minha boca.
- acho que devemos vender esse
apartamento – falei colocando a mão em seu rosto e alisando.
- concordo – falou ele me dando
outro selinho e em seguida deitando de bruços. Agora eu podia deitar em seu
peito e finalmente dormir. Ele me abraçou e alisou meus cabelos fechando os
olhos.
Agora já não havia nada mais a
ser dito não demorou para que pegássemos no sono.
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