PEQUENO E SUJO SEGREDO capítulo e um
E
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sperava por Roman. Ele disse que tinha boas
noticias em relação a minha saída daquele lugar. Não era mais seguro eu ficar
por lá. Richard havia me atacado na noite anterior e eu não podia ficar por lá
agora que havia sido ameaçado de morte. Mais uma vez Adam insistia em me ver.
Ele estava desesperado porque tinha conversado com Roman e mandado ele passar
recado e feito Roman ligar perguntando se ele podia me visitar. Ele me garantiu
que só queria me contar uma coisa, mas mesmo assim não aceitei que ele viesse.
- você tem visita.
- tudo bem – falei me levantando
e indo até o pátio. Lá estava Roman.
- olá – falei me aproximando.
Nos sentamos um do lado do outro.
Prontos para iniciar a conversa.
- e então? Quais são as ótimas
novidades?
- antes de tudo, eu tenho um
recado do Adam, se eu não passar esse recado ele vai ter um ataque.
- pelo amor de… quer saber? Fala
logo.
- ele disse que “você sabe quem”
não quer deixar ele ser homem.
- OK.
- ele disse que “você sabe quem”
nunca quis que ele fosse o homem – Roman deu uma risada. – você entende essa
mensagem?
- entendo – falei pensando. É
claro que Adam estava falando sobre Marisol. Ele estava dizendo que Marisol não
quis que Adam assumisse o filho. Marisol nunca quis que Adam fosse o pai ou
seja, Marisol seguiu sua vida e Adam estava livre. Bom. Eu estava certo. Todo
esse tempo pensei que Marisol fosse uma interessa. Pensei que fosse uma
destruidora de lares, desonesta que roubou meu esposo e que queria seu
dinheiro, massa a verdade é que a coitada deve ter sido seduzida por Adam. Ela
é uma mulher de caráter. Vai criar o filho sozinha.
- ok – falou ele tirando um papel
de um monte que ele havia na mão – vamos tratar de negócios.
- quais são as boas noticias?
- as boas noticias é que
conversei com o juiz Mitchell Morrison que foi o juiz no seu caso e ele disse
que devido as circunstancias e a boa avaliação do seu psicólogo, você pode sim
sair daqui.
- sério? Que maravilha!
- mas…
- tudo o que vem depois do “mas”
é uma merda. Não devia ter ficado tão feliz né?
- bom, mais ou menos.
- o que é que vem depois do “mas”
nessa situação?
- o juiz disse que você pode sair
daqui desde que arranje um lugar para ficar. Prisão em domicilio pelos três
meses que faltam. Você precisa encontrar alguém que tenha residência própria e
esteja disposto a se responsabilizar por seus atos até que sua sentença acabe.
- ótimo. Eu posso ficar com meu
pai! Finalmente vou sair daqui!
- acho que não deve ficar tão
entusiasmado assim.
- porque?
- bom. Em primeiro lugar: você
está aqui porque tentou matar seu pai e seu marido então você não pode ficar
nem com Larry e nem com Adam.
- posso ficar com você.
- infelizmente sou seu advogado,
então não.
- meu pai Ray.
- tem que ser nesses estado. Você
ficará com uma tornozeleira rastreadora vinte e quatro horas por dia.
- resumindo: estou fudido. Vou
ter que ficar aqui mais três meses, fazendo consultas idiotas e correndo o
risco de apanhar do Richard.
- olha, não perca as esperanças.
- você tem alguma ideia?
- digamos que eu contei para o
Adam e ele disse que vai conseguir alguém para ficar com você.
- pelo amor de deus Roman, não
posso aceitar a ajuda de Adam ou ele nunca vai sair do meu pé.
- é a única saída que encontrei.
Não consigo pensar em ninguém que queira te acolher em casa por três meses e
ainda ser responsável pelos seus atos.
- eu sei que sou irresponsável,
mas ninguém confia em mim?
- acho meio difícil encontrar
alguém depois do que tentou fazer e nessa, nem Stephen pode te ajudar.
- obrigado. Você me animou
bastante.
- olha, eu confio em Adam e você
devia agradecer por ele te ajudar. Sei que não é o que você quer, mas é o
melhor que temos no momento.
- OK. Vou aceitar a ajuda dele,
mas deixe bem claro a ele que não quero reconciliação.
- tudo bem. Vou tentar marcar uma
audiência com o juiz para essa semana ainda.
- obrigado Roman.
- na audiência responda as
perguntas que ele te fizer e demonstre responsabilidade. Ele vai analisar a
pessoa que vai ficar com você e no final ele decide se aceita te dar a prisão
domiciliar.
- graças a deus. Só não quero ter
que escrever outro manuscrito para o psicólogo.
- o que? – perguntou Roman
confuso.
- uma longa história – falei
tentando mudar de assunto.
- vou nessa – falou ele se
levantando.
Eu o acompanhei ate a saída e
depois voltei para o pátio para tomar um pouco de sol. Aproveitar antes que as
nuvens apareçam e chova outra vez.
Fiquei encabulado com a mensagem
que Roman me trouxe. Quer dizer que todo esse tempo eu fiquei pensando que
Marisol é que havia seduzido Adam por causa do dinheiro, mas foi ao contrário.
Adam não perdia tempo mesmo. Metia o pau em tudo o que via, mas ele pode ter
certeza que em mim ele não mete mais.
- você está bem?
- oi? – perguntei voltando minha
atenção ao homem que se sentou ao meu lado. Eu nem percebi.
- desculpa é que eu puxei
conversa com você e você não me respondeu.
- eu é que peço desculpas. Estava
distraído. O que você dizia?
- esquece. Era algo sobre o
clima.
- o clima está mesmo uma bagunça
esses dias – falei sentindo um frio na barriga. Já não via a hora de sair daquele
lugar – você é internado aqui?
- não. Eu sou irmão do Richard –
falou ele olhando minha mão.
- há… - falei tentando esconder
dele.
- foi você que meu irmão atacou
né?
- foi sim, mas não foi nada.
- sabe. É difícil controla-lo.
Quero pedir desculpas sinceras em nome dele.
- não se preocupe. Todos nós
temos nossa fase ruim.
- puxa… e que fase. Faz mais de
dez anos que ele entrou nessa. Deve ser a vigésima vez eu o interno e toda vez
que ele sai ele faz as escolhas ruins.
- você é um bom irmão por não desistir
dele.
- como é seu nome?
- Julian – falou ele estendendo a
mão – o seu é?
- Mike.
- você não é novo demais para
estar aqui Mike?
- quantos anos acha que eu tenho?
- vinte e três.
- nunca se é novo demais para
fazer as escolhas erradas.
- e nunca é cedo demais para se
concertar.
- foi bom te conhecer Julian.
- igualmente e me desculpe pelo
machucado.
- não se preocupe com isso.
Ele se foi e eu continuei sentado
lá.
Na parte da tarde durante a roda
de grupo onde todos davam seus depoimentos eu me surpreendi com algumas
histórias. Estava lá a mais de um ano e não me acostumava as peripécias que os
seres humanos faziam pelo vicio. Algumas eram muito tristes.
- com licença – falou uma
enfermeira batendo na porta.
- pois não?
- será que você libera o Mickey?
Ele tem uma ligação.
- claro – falou a líder do grupo.
Eu me levantei e fui até a
recepção.
- alô?
- Mike é o Roman.
- e ai? Alguma novidade?
- sim. O juiz vai entrar de
férias depois de amanhã, mas eu consegui que ele revesse seu caso antes. Não
quero que passe pelas mãos de outro juiz.
- vai ser que dia então?
- hoje. Vai correndo se arrumar
porque a audiência é as quatro da tarde.
- sério? Vou agora me arrumar.
Será que Adam conseguiu?
- não consegui falar com Adam até
agora, mas deixei dezenas de recados com todos que conheço, no prédio e em seu
celular. Ele tem que levar a pessoa até as quatro. Se ele não conseguir, você
perde a chance.
- tomara que ele consiga.
- vai se arrumar agora, vista sua
melhor roupa, coloque no rosto sua melhor cara, OK?
- OK.
- uma viatura vai chegar ai em
breve.
- até daqui a pouco Roman.
- até
Eu desliguei o telefone e corri
para meu quarto. Tomei um banho, vesti a melhor roupa e ensaiei na frente do
espelho como daria minhas respostas. Não podia demonstrar que estava ansioso e
não podia vacilar. Tinha que ser direto e verdadeiro.
- o camburão chegou Mike – falou
a enfermeira Selena.
- ok.
Eu a acompanhei até a recepção e
lá havia dois policiais.
- vire-se – falou um deles.
- precisam mesmo me algemar?
- sim senhor – falou ele
colocando a algema.
- boa sorte Mike – falou Selena
acenando.
- obrigado – falei seguindo os
policiais.
Entrei na viatura e eles me
levaram até o local da audiência. Sai algemado até dentro da corte e só tiraram
as algemas. Me sentei ao lado de Roman esperando que o juiz finalizasse o caso
que estava no momento.
- e então? – perguntei
cochichando – encontrou Adam? Falou com ele?
- não – falou.
- que merda Roman. Onde ele está?
- não sei, mas não vamos
desanimar.
- você conseguiu tudo o que
precisávamos?
- sim. Seu psicólogo, Aaron –
falou ele olhando o nome no papel, já
chegou.
- espero que ele não seja tão
filho da puta quanto Jeff foi.
- não se preocupe. Ele não será.
Eu conversei com ele e pedi que te ajudasse. Ele disse que vai te ajudar. Ele acredita
que você está reabilitado.
- ainda bem.
Aguardamos ansiosos o juiz passar
para o nossos caso, que era o próximo e estávamos também ansiosos para que Adam
aparecesse no tribunal. Espero sinceramente que ele apareça com uma solução ou
eu o mato. E eu juro que dessa vez termino o serviço. Nem que fique cinco anos
internado.
O juiz bateu o martelo e as
pessoas saíram e deram seus lugares para mim e Roman.
- vejamos agora o caso do Sr.
Mickey Fox Krigsman-Fabray .
- senhor juiz, gostaria de pedir
que revisse o caso do réu. Ele já ficou cinco semanas recluso em reabilitação e
em um recente acontecimento acredito eu que ele corre perigo ficando no
instituto.
- tenho duas soluções: eu o
transfiro para outra clinica ou eu o coloco em prisão Domícia. Qual das
alternativas você vai trabalhar Dr. Orth?
- prisão Domiciliar. Acredito que
ele possa cumprir o resto da pena em casa.
- bom, acredito que saiba que ele
não pode ficar nem em sua casa, ou na casa de nenhuma das quase “vítimas” e que
ele tem que ficar nesse estado.
- sim senhor.
- a não ser que eu esteja cego,
mas eu não vi o nome da pessoa que vocês conseguiram.
- nós conseguimos, mas ela ainda
está a caminho do tribunal – falou Roman jogando verde.
- Sr. Orth o senhor achas que eu
tenho todo o tempo do mundo? Eu só aceitei inclui-los hoje porque acreditei que
vocês já tinham todo o caso resolvido.
- Excelência gostaria de pedir…
- esse tribunal não tem mais
tempo para essa brincadeira – falou ele abrindo a ficha – já que o réu corre
perigo não vejo outra solução a não ser manda-lo para o lugar original. O
Hospital Psiquiátrico de…
Meus lábios se apertaram. A minha
situação agora havia piorado. Enfim iria para o hospital psiquiátrico. Que
droga de vida, que porcaria de sorte eu tinha.
- de San Diego – ele disse isso
pegando o martelo e o levantando.
Nesse momento a porta do tribunal
se abriu em um estrondo.
- Sr. Excelência chegamos – falou
Adam.
Sério. Senti vontade de agarrá-lo
lá mesmo. Ele estava tão bonito quanto no dia em que o tinha visto pela última
vez. Agora ele já não tinha mais barba no rosto. Estava isso como munda de
bebê. Seu cabelo estava penteado de lado com um topete.
Ele olhou para mim por um longo
tempo enquanto se sentava três fileiras
atrás. Desviei meu olhar para a pessoa que o acompanhava. Um homem alto, pele
clara, olhos verdes, cabelos pretos bem penteados e uma barba que cobria todo o
rosto. Ele estava de terno, assim como Adam e andou até o juiz e se apresentou.
- quem é esse Roman? – perguntei
curioso. Como eu ficaria na casa de alguém que eu nem conhecia? – Ele pegou
esse homem na rua foi?
- Ele é um dos sócios da Partners
Advocacy. Sócio faz quase dois anos. Foi mais ou menos na época em que você e
Adam se separaram.
- você é quem? – perguntou o
juiz.
- Nathan Garfield Knox, advogado.
- você vai dar asilo ao Sr.
Fabray?
- sim excelência.
- como o conhece?
- na verdade eu estou conhecendo
pessoalmente agora – falou ele olhando para mim – mas eu já tinha ouvido falar
dele e pelo que sei posso confiar nele.
- você sabe o risco que está
correndo certo? Você sabe de quais crimes ele foi acusado.
- sim excelência.
- você será responsável pelos
atos do Sr. Fabray a partir do momento que eu der a sentença.
- sim senhor.
- OK – falou ele fechando o arquivo
– não quero mais desperdiçar o tempo nesse tribunal em vista que o senhor tem
casa própria e sabe bem os riscos que vai correr.
- está correto.
Roman e eu nos levantamos para
receber a sentença.
- O Sr. Fabray ficará em prisão
domiciliar pelo tempo de três meses, na casa do Dr. Nathan Knox usando a
tornozeleira rastreadora vinte e quatro horas. Caso saia do perímetro permitido
ou a tornozeleira seja retirada os policiais serão encaminhados até sua casa
para averiguar.
- sim senhor – respondi.
- se tentar fugir ou retirar o
rastreador uma vez se quer, os policiais poderão te levar diretamente para o
hospital psiquiátrico de San Diego. Vou garantir que tenha uma vaga esperando
pelo senhor.
- não irá acontecer Sr.
Excelentíssimo – falei querendo rir. Estava feliz por estar “livre” – Prometo
me comportar como venho fazendo todo esse tempo.
- antes de formalizar minha
decisão gostaria de saber a opinião do Dr. Aaron Guzman.
Aaron se levantou e dirigiu a
palavra so juiz.
- Doutor o senhor acha que o Sr.
Fabray está em condições de estar em prisão domiciliar?
- sem sombra de duvida. Ele está
pronto.
- ok é tudo o que preciso – ele
bateu o martelo.
Nunca fiquei tão feliz na minha
vida. Dei um pulo alto com os braços levantados. Não via a hora de tomar banho
em um banheiro decente e comer uma comida que tenha algum gosto.
Abracei Roman e em seguida
abracei Adam. O beijo foi inevitável e durou alguns segundos. Durou mais do que
eu gostaria.
- que bom que está livre – falou
ele rindo.
- isso não significa que estamos
juntos – falei abraçando-o outra vez. Estava feliz demais para dar o fora nele
agora.
- preciso te contar uma coisa –
falou Adam.
- não precisa, Roman já me deu
seu recado.
- mas… - antes que Adam dissesse
mais alguma coisa Nathan se aproximou.
- então você é o famosos Mike? –
perguntou ele de mão estendida.
- infelizmente nunca ouvi falar
de você – falei apertando.
- vamos ter muito tempo para nos
conhecer.
- obrigado pelo o que está
fazendo.
- apenas ajudando um grande amigo
– falou ele passando o braço pro trás de Adam e batendo no ombro dele.
- vamos indo – falou o policial
que tinha me trazido.
- vai me algemar?
- não precisa.
Enquanto Nathan passava o
endereço para o policial entre outros dados eu me aproximei de Adam.
- você é imprevisível sabia? –
falei abraçando outra vez e dando um selinho em sua boca.
- eu te amo sabia?
- meu psicólogo vai me matar.
- porque? – perguntou ele.
- nada – falei dando outro beijo
em sua boca. Só queria beijá-lo. Não acredito que fiquei mais de quatrocentos e
cinquenta dias sem vê-lo, fazendo planos de como terminaria com ele e bastou
vê-lo para estar em seus braços de novo. Eu sei. Eu não me orgulho disso.
- vamos indo – falou o policial
me guiando até a saída.
Acenei para Roman e agradeci pelo
o que ele tinha feito. Ele acenou de volta.
Não demorou para que chegasse ao
apartamento de Nathan. Ele morava perto da empresa. Mais perto do que Adam.
- podem entrar – falou Nathan
deixando que eu e o policial entrássemos . Me senti no sofá enquanto o policial
coloca a tornozeleira. Ele explicou os procedimentos e disse que lá em baixo os
policiais instalavam os aparelhos que mediam a distância.
Eu podia perambular até trinta metros do local onde se encontrava o apartamento. Mais longe do que isso os policiais receberiam um alerta.
Eu podia perambular até trinta metros do local onde se encontrava o apartamento. Mais longe do que isso os policiais receberiam um alerta.
- qualquer problema o senhor pode
nos ligar – falou o policial entregando o número a Nathan.
- eu não sou assassino – falei me
levantando.
- vai que resolver terminar o
serviço que começou – falou o policial se despedindo de saindo do apartamento.
Estava nervoso. Estava preso por três meses na
casa de um estranho e não sabia o que fazer.
- bom, sinta-se em casa – falou
ele forçando um sorriso.
- vou tentar. Admito que é
estranho estarmos só nós dois aqui por três meses, mas acho que vai ocorrer
tudo bem.
- não seremos só nós dois. Minha
esposa está chegando. Na verdade ela nem sabe de você ainda. Adam me pegou de
surpresa e pediu pelo favor. Nem tive tempo de avisá-la.
- você é casado?
- sim.
- que bom – falei olhando a casa.
- Adam é um grande amigo sabe?
Estava passando por tempos sombrios quando aceitei ser sócio dele.
- Adam é uma boa pessoa.
- meu casamento estava
praticamente destruído, já tinha pedido até o divorcio e quando me tornei sócio
as coisas se ajeitaram.
- como assim? – falei olhando
para ele.
- Não havia mais paixão no nosso
casamento, não sabíamos mais o que fazer e o fato de eu ser praticamente
estéril não ajudou muito. Minha contagem de espermas é muito baixa. Foi um
milagre. Acho que o fato de nós dois estarmos trabalho ajudou. Nós relaxamos e
paramos de tentar forçar a gravidez. Paramos de tentar ter um filho e
simplesmente aconteceu.
Foi quando ela entrou pela porta
com uma criança nos braços. O garoto parecia ter pouco mais de um ano de idade.
- oi meu filho – falou Nathan
pegando a criança nos braços dela.
- Mike, essa daqui é Marisol.
Minha esposa.
- oi – falei sentindo um
calafrio.
- Mike? – perguntou ela com um
falso sorriso no rosto. Ela estava forçando. Como eu sei? Porque eu também
estava.
- esse daqui é o Ethan – falou
ele beijando o bebê e trazendo-o até mim. Um bebê recém-nascido.
Olhei ele de perto. Marisol tinha
um olhar sombrio misturado com incerteza, insegurança e Medo. Nathan estava com
o filho de Adam nos braços.
Adam estava quase falindo quando
Nathan apareceu. Nathan salvou a empresa de Adam. Adam tem a fortuna de Adam
cinco vezes maior. Ela jogou na loteria e ganhou o premio maior. Destruiu o meu
casamento para que ficasse mais rica do que já era. Ela nunca quis Adam, só o
esperma dele. Ela escolheu o homem certo já que Nathan tinha mais ou menos as
características de Adam. Com certeza Nathan havia assinado acordo pré-nupcial e
no divorcio ela não ficaria com nada. Era tudo ou nada. Parece que seu pequeno
e sujo segredinho agora estava ameaçado. A justiça tarda mais não falha.
Nathan sorriu para mim e eu sorri
para o bebê.
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