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ALGUÉM TE AMA capítulo onze
corretor mal
educado e presunçoso começou a me mostrar o apartamento em uma tentativa de
tentar me fazer ficar com ele. Ele falava tanta coisa tentando me impressionar
e eu apenas sorria e confirmava positivamente com a cabeça sem saber o que
dizer afinal eu não fazia idéia da maioria das coisas que ele dizia. Ele me
dizia a origem dos materiais usados, o nome dos engenheiro envolvidos na
construção e em como o meu dinheiro seria valorizado se eu comprasse aquele
apartamento.
-
será um ótimo investimento se o senhor comprar esse apartamento.
- por favor, senhor é meu pai, me
chame de Mike.
- OK, Mike – falou ele me
mostrando o quarto – será um investimento inteligente, em alguns anos você pode
vende-lo pelo mesmo preço ou até mais.
- não. Eu não quero vender. Se
for pra vender eu prefiro nem comprar e desistir.
- não senhor… Mike. O que quero
dizer é que o dinheiro aplicado será bem investido e além do mais hoje em dia o
que mais conta é a segurança. Como você viu tem câmeras em todos os andares
inclusive do lado de fora – falou ele saindo e indo até lá fora onde estava o tablet.
- e a senha que eu recebi para
entrar?
- não se preocupe. Ela muda todos
os dias exatamente á meia noite e todos os moradores recebem a nova senha pelo tablet. Você pode também sincronizar com
seu celular e receber por mensagem caso não esteja em casa.
- sabe eu estou procurando um
lugar para poder morar o resto da vida. Nem se eu casar eu saio daqui.
- tenho certeza que qualquer
mulher morreria para morrer aqui.
- então estou ferrado porque
mulheres não são meu tipo.
- Haaa… OK – falou ele em uma
grande pausa – sabe eu apoio os gays, não tenho nada contra eles. Na verdade eu
os respeito muito.
- engraçado. Será que se eu fosse
um ‘gay pobre’ eu teria seu respeito? Não quero ser rude, mas hoje em dia é o
que mais acontece. Um gay é expulso de casa pela família e anos depois quando
ele se casa, tem um emprego e começa a ganhar dinheiro a família se arrepende e
aparece pedindo perdão. Isso não aconteceu comigo, mas conheço muitos casos
como esse.
- isso é verdade, mas eu não
disse isso pelo seu dinheiro. Eu respeito mesmo.
- não tem problema. Você precisa
dizer o que tiver que dizer pra efetuar a venda. Ter a comissão no fim do mês –
falei me sentando no sofá.
- então? O que o senhor achou?
- o senhor eu não sei, mas o Mike
está indeciso…
- eu tenho certeza de que de
todos os apartamento oque andou olhando esse é o melhor.
- na verdade esse foi o primeiro.
- tenho certeza de que não vai
precisar procurar por outros.
- eu gostei de verdade do daqui,
mas o problema é que não tenho certeza se quero gastar o dinheiro. Eu não sinto
que mereço ele. Eu não gosto de como ganhei esse dinheiro.
- seguro de vida? – perguntou o
corretor.
- sim.
- pai? mãe?
- marido – falei ainda sentado.
- você precisa pensar bem antes
de gastar esse dinheiro sabe. Você não pode se arrepender de gastar, mas eu
tenho certeza de que ele gostaria que você ficasse com esse dinheiro e o
usasse, quer dizer, você não pode ficar pensando de onde veio e sim para onde
ele vai. Você está usando para comprar uma casa, um lar. Você terá momentos
felizes aqui. Talvez não aqui, mas no lugar que você decidir comprar. Talvez
agora não faça sentido, mas você vai criar boas lembranças com esse dinheiro.
- quer saber? – falei me levantando
– você está certo – falei estendendo a mão – negócio fechado.
- você não vai se arrepender.
- espero que não – falei
respirando fundo – e então? Quando eu posso fazer o pagamento?
- me passa seu número de celular
e seu endereço. Eu posso levar os documentos para você assinar, dessa forma
você não sai de casa.
Depois de passar meu número e meu
endereço o corretor, cujo o nome é Burt, disse que cuidaria de toda a
documentação. Depois de agradecer me despedi dele na portaria e decidi ir
embora.
Peguei um ônibus que me levou
embora. Desci no ponto que ficava a dois quarteirões do prédio de Jerry. estava
andando tranquilamente pela calçada quando ouvi o barulho da viatura e ao olhar
para trás vi que elas parou atrás de mim e o policial dirigindo saiu de dentro
dela.
- eu posso falar com você um
segundo – falou o policial com a mão na arma. Ele com certeza pensou que eu
fosse fugir, mas eu parei.
- pode sim – falei parando.
- será que eu posso ter sua
identidade?
- porque?
- posso ter seus documentos pessoais?
- claro que sim – falei pegando a
carteiro. Ao abri-la eu procurei por minha identidade, mas não encontrei.
- algum problema?
- sim, eu não estou com nenhum
documento com identificação aqui comigo.
- você não anda com documento de
identificação?
- sim, mas eu acho que ficou em
casa.
- onde você mora?
- eu estou na casa do meu
namorado é no próximo quarteirão.
- OK – falou ele voltando para a
viatura e falando com alguém
- será que eu posso saber porque
me parou? Eu cometi algum crime?
- você parece meio preocupado.
Você é fichado?
- sei lá.
- é assim que você responde a um
policial?
- me desculpa, mas vocês não me
dão medo. Você são autoridade, mas não são Deuses. Eu não estou sendo mal
educado.
- OK, você parece um rapaz
honesto, será que pode me falar seu nome para que eu possa confirmar sua
identidade ou saber se você é fichado?
- Pode. Mickey Fox Krigsman-Fabray.
O policial pegou o rádio e falou
com alguém do outro lado.
- olha pra mim o nome Mickey Fox
Krigsman-Fabray – ele esperou alguns segundos – como se escreve Krigsman?
Eu soletrei meu nome e esperei
mais alguns minutos.
- seu apelido por acaso é Mike?
- é sim. Porque?
- você foi dado como desaparecido
a mais ou menos um mês atrás.
- desaparecido?
- sim. Alguém foi a delegacia e
falou que você desapareceu.
- deve ter sido meu pai Larry
Fabray.
- na verdade não. Quem fez a
ocorrência foi um homem chamado Raymond Randall Holloway.
- meu pai?
- quantos pais você tem? –
perguntou o policial curioso.
- Raymond é meu pai biológico.
- pois foi ele quem fez
ocorrência. Foi por isso que eu te parei. Você bateu com a descrição de uma
pessoa desaparecida.
- eu não desapareci.
- pois como foi feita a
ocorrência você precisa vir a delegacia e nós vamos ligar pra ele dizendo que
você apareceu.
- OK – falei entrando na viatura.
Assim que chegamos na delegacia
eu me sentei e deixei os policiais fazendo seu trabalho. eu tive até que dar
depoimento dizendo onde eu estava e com quem eu estava e porque desapareci.
Depois de uma hora respondendo perguntas o policial que tinha me levado veio
conversar comigo.
- nós já ligamos para seu pai.
Você precisa ficar aqui até ele chegar.
- sério? Ele mora em Nova
Orleans. Eu vou ficar aqui o resto dia.
- na verdade ele está aqui em San
Diego. Ele está aqui desde que fez a ocorrência. Ele estará aqui em alguns
minutos.
- melhor então.
Esperei vários minutos vendo
delinquentes entrando e saindo. Foi nesse momento que reparei em uma foto na
parede. Me levantei e fui olhar de perto. Era fotos de policiais que tinham
morrido e lá estava a foto dele.
POLICIAL FELIX CONROY
Eu era como uma viúva negra. Todo
mundo que eu me apaixonava ou me envolvia acabava morrendo. Era uma droga de
vida, mas era a verdade.
- Mike? – falou uma voz
conhecida. Olhei para trás e era meu pai Ray.
- pai?
Ele veio e me abraçou.
- onde você estava meu filho. Eu
estava tão preocupado pensando que tinha acontecido alguma coisa com você –
falou ele beijando meu rosto várias vezes e me abraçando forte.
- eu estou bem pai. O senhor
ficou aqui desde o natal?
- claro. Todo dia Abby me liga
perguntando-se te encontraram.
- bom pelo menos sei que alguém
me ama o suficiente pra me procurar.
- onde você estava?
- eu me mudei.
- quando? Por que?
- é uma longa história.
- eu ficaria feliz em ouvir –
falou ele me repreendendo.
- Eu briguei com meu pai Larry e
sai de casa e conheci uma pessoa e estou com ela agora. Na verdade eu já até
comprei um apartamento. hoje mesmo eu fechei negócio.
- você me preocupou.
- com todo o respeito, mas o
senhor desapareceu todo esse tempo e agora diz que eu sumi?
- eu não desapareci. Eu sempre
liguei no seu número, mas não atendia.
- sim, eu troquei.
- eu liguei para seu pai Larry e
quando ele não atendia, Vanessa atendia e eles sempre diziam a mesma coisa: Ele
não quer falar com você e precisa de espaço.
- eles nunca me dissertam nada.
- eu pensei que você precisasse
realmente de espaço e acabei parando de ligar esperando que você me retornasse,
mas antes do natal eu resolvi vir te ver e não te encontrei.
- o que meu pai Larry te falou
quando o senhor apareceu?
- eu nem cheguei a falar com seu
pai Larry e nem com Vanessa.
- porque eles não te receberam?
- espera, você não sabe o que
Larry fez?
Nesse momento eu senti um choque.
Fiquei zonzo e sem forças para perguntar o que tinha acontecido.
- o que… o que aconteceu com ele?
O que ele fez?
Ray apertou os lábios e hesitou
em falar. Ele ficou me encarando e mordeu os lábios. Ele queria me matar de
ansiedade.
- é melhor eu te mostrar – falou
passando o braço por mim e me levando ao policial para assinarmos os últimos
papéis antes de sairmos de lá para um lugar que Ray não quis me dizer.
Ray estava me matando de
ansiedade. O que diabos Larry tinha feito que ele não podia me falar de uma
vez? Ele tentava me deixar calmo, mas ele só me deixava mais nervoso ainda. Ele
assinou um papel e antes de irmos eu também assinei um papel. Ray n’ao falava
comigo sobre o que tinha acontecido, mas algo estava em minha mente. Porque meu
pai Larry e Vanessa não queriam que eu conversasse com Ray? Porque mentiram?
Ray e eu finalmente saímos da
delegacia.
- vamos indo – falou meu pai.
- o que diabos aconteceu pai? Me diz logo o
senhor está me matando.
- eu acho melhor você ver – falou
ele chamando um taxi.
- ele morreu? Teve um acidente?
Me diz pelo menos se ele está bem.
- eu não sei – falou Ray.
- OK – falei tentando me acalmar.
Não sei o que aconteceu, mas eu não conseguiria arrancar nada de Ray então
decidi me acalmar – onde nós vamos?
- para a casa de Larry.
- tudo bem – falei tentando me
acalmar.
O taxi nos levou até a casa do
meu pai e ao chegarmos meu pai pagou o taxi. Nós estávamos em frente a casa do
meu pai e mesmo assim Ray não me disse nada. Ele apenas acendeu um cigarro.
- e então? O que Larry fez?
- chame ele – falou Ray.
Apertei o botão do interfone.
Chamou algumas vezes, mas alguém finalmente atendeu.
- quem é? – falou uma voz
masculina.
- sou eu.
- eu quem?
- é o Mike pai.
- Mike? – falou a voz – você é “O
Mike” ?
- sim. Eu sou “O Mike”.
Esperei alguns minutos e meu pai
Ray nem olhava pra mim quando eu olhava pra ele.
Nesse momento alguém abriu a
porta e assim que eu vi quem atendeu levei um susto. Não era meu pai e sim um
homem que nunca vi na vida.
- você é “O Mike”?
- quem é você? O que está fazendo
ai?
- olá. Lembra de mim – falou meu
pai Ray acenando.
- você é mesmo “O Mike” – falou
ele saindo da minha frente – pode entrar.
Eu entrei e meu pai Ray entrou
comigo. O homem nos seguiu até que entramos. A casa estava totalmente
diferente. Quer dizer, não a casa mas a decoração e os móveis.
- que diabos é isso? Onde está
meu pai.
- quem é? – perguntou uma mulher
chegando na sala.
- é “o Mike” – falou o homem para
a mulher que provavelmente era sua esposa. Ray ficou de fora fumando e eu
entrei.
- quem são vocês? Onde está meu
pai?
Nesse momento duas crianças
apareceram correndo da cozinha.
- você deve estar falando dos
antigos moradores – falou o homem.
- antigos moradores?
- sim. Nós compramos essas casa
em novembro do ano passado. Os antigos moradores pareciam apressados para se
mudarem. Eles até abaixaram o preço para que nós comprássemos.
- eles… eles se mudaram? Para
onde?
- eu não sei. Tudo o que sei é
que eles pareciam com pressa e tudo o que eles deixaram para trás foi isso
–falou o homem pegando uma caixa de papelão atrás do sofá escrita ‘MIKE’ e
colocando em ciam do sofá.
Eu abri a caixa e havia algumas
coisas minhas. Algumas roupas, o relógio da minha cômoda entre várias coisas da
minha infância.
- eu fiquei me perguntando quem
seria Mike – falou a mulher – decidimos deixar a caixa guardada porque
esperávamos que alguém viesse buscar.
- vocês tem certeza de que eles
não disseram para onde iam?
- como nós dissemos, eles
pareciam apressados como se estivessem aproveitando a ausência de alguém para
desaparecer do mapa. Eu juro que quando viemos olhar a casa pela primeira vez
ouvi a mulher loira dizer o homem bonito de olhos verdes: ‘precisamos abaixar o
preço e ir antes que ele resolva voltar’.
- não acredito que eles se foram
– falei olhando todas as coisas que eles deixaram.
- sinto muito – falou Ray vindo
até mim – quando vim aqui fiquei tão surpreso quanto você. Quando eu vi a caixa
escrita Mike eu pensei que tivesse acontecido alguma coisa. Porque eles
deixariam você para trás? Eu não sabia se você tinha ido ou se tinha acontecido
alguma coisa.
Aquela noticia tinha me chocado. Meu pai Larry
e Vanessa tinham desaparecido com Rachel, vendido a casa e ido embora sem dizer
para onde.
- você não tem idéia de onde eles
possam estar? – perguntou o homem.
- sinceramente não – falei com o coração
doendo.
- você podem pegar a caixa já que
você é Mike – falou o homem.
- tudo bem – falou Ray apertando
a mão dele – obrigado por nos receber.
- por nada. Se quiserem voltar
para procurar por mais alguma coisa na casa, mas eu não percebi nada além dessa
caixa.
- obrigado – falei pegando a
caixa e saindo da casa com Ray.
- você está bem? – perguntou ele
me abraçando.
- não sei – falei triste.
- não perca a esperança talvez
nós encontremos a solução.
- eu não sei se quero saber onde
eles estão. Se eles foram embora com pressa fugindo de mim talvez seja melhor
eles de lado.
- tem certeza?
- não tenho certeza de mais nada.
- antes de desistir nós podemos
falar com seu tio Roger ou com o irmão da Vanessa. Ela tem um irmão certo? Se
chama Vincent?
- isso mesmo, mas e se eles
tiverem desaparecido também.
- só vamos descobrir se fomos
atrás.
- tudo bem – falei indo em
direção ao uma lixeira e jogando a caixa dentro.
Meu pai e eu andamos na calçada
procurando por um ponto de taxi, mas no final decidimos ir de ônibus até a
“Olympus Advocacy”. Talvez Vincent esteja lá, talvez ele possa me explicar
porque Vanessa desapareceu.
Ao chegarmos na recepção da
advocacia nós fomos até a recepção do térreo.
- bom dia – falou meu pai –
gostaríamos de falar com o Vincent Smith.
- só um minuto – falou o
recepcionista checando alguma coisa.
- só falta ele dizer que o
Vincent também pediu demissão e desapareceu.
- pode ir – falou o homem – a
sala dele fica no décimo sexto andar.
- obrigado – falou Ray
agradecendo e nós fomos até o elevador.
Ao chegar no décimo sexto andar
nós fomos até a recepção e uma mulher estava lá.
- bom dia, gostaríamos de falar
com o Vincent Smith – falei
- só um segundo – falou ela
ligando para Vincent – Dr. Smith, tem dois homens aqui querendo vê-lo.
- meu nome é Mike. Diz que é o
Mike.
- ele se chama Mike – falou ela
pausando – OK.
Ela deligou o telefone e antes
que ela dissesse alguma coisa Vincent saiu da sala dele.
- olá Mike, tudo bem – falou
Vincent vindo até mim.
- me diz que você sabe para onde
eles foram – falei parando no meio do caminho.
- você precisa se acalmar – falou
Vincent.
- eu estou calmo e estou muito
confuso também.
- olha Mike, eu realmente diria
se…
- você não sabe também? – falei
triste.
- sim eu sei, mas não posso
dizer.
- porque não?
- Larry e Vanessa não querem que
eu diga.
- você precisa dizer – falou Ray.
- quer saber? – falei dando dois
passos para trás – eu fiquei preocupado pensando que algo de ruim tinha
acontecido, mas vejo que eles estão bem. Chega. Simplesmente… Chega.
- onde você vai filho – falou meu
pai me seguindo.
- chega – falei andando em
direção ao elevador.
- eu posso arrancar dele.
- se o senhor me ama o senhor vai
deixar pra lá assim como eu estou deixando – falei esbarrando em alguém.
- me desculpa – falou o homem ao
qual eu esbarrei.
- sem problema – falei apertando
o botão do elevador.
- eu, eu te conheço – falou o
homem.
- pro seu bem é melhor não
conhecer – falei entrando no elevador assim que a porta se abriu.
- OK – falou o homem seguindo seu
caminho.
- eu não posso deixar pra lá,
você está sofrendo.
- não estou sofrendo. Se onde
tirou isso? Pessoas vem pessoas vão. Pessoas morrem de forma horrível, mas eu
continuo aqui – falei apertando o botão do elevador e a porta começou a se
fechar.
- tem certeza? – perguntou meu
pai segurando a porta
- tenho. O senhor vem comigo?
- claro – falou meu pai entrando
no elevador e apertando o botão do
térreonovamente.
- “uma cadeira continua uma
cadeira mesmo quando ninguém está sentado” certo? Eu não preciso deles. Eu
continuo eu mesmo e vou continuar vivendo minha vida a diferença é que eles não
fazem parte dos mil problemas que tenho no momento.
- tem certeza?
- pare de me perguntar se tenho
certeza. Pare de me perguntar sobre isso e de falar sobre isso. Se o senhor é
meu pai e me ama o senhor vai esquecer isso. Eu não os vejo á meses e isso não
vai me afetar mais. OK? – falei saindo do elevador e olhando pra ele.
- OK – falou ele saindo comigo.
Nós paramos em frente a empresa e
ficamos lá parados por um tempo.
- para onde vamos?
- eu nem perguntei. Como está
minha mãe e meu irmão. Eles estão bem?
- sentindo muito sua falta, mas
sim. Estão bem.
- que bom, porque a partir de
agora vocês são a única família que eu tenho.
Meu pai não falou nada e nós dois
descemos os poucos a os degraus até chegarmos na calçada
- para onde nós vamos filho?
- o senhor gostaria de conhecer
meu namorado?
- claro que quero.
- então vamos. ele está no
trabalho agora, mas eu gostaria de levar o senhor para ver o apartamento que eu vou comprar.
- você está mesmo bem? – falou
meu pai.
- por favor pai, eu disse que
estou bem.
- eu não quero ver você sofrer.
- eu não estou sofrendo OK? Eu
estou chocado, mas não estou sofrendo. Eu nunca imaginei que ele faria isso
comigo. Nenhum dos dois. É claro que vou ficar meio abalado hoje e talvez
amanhã, mas vai passar porque eu não vou sofrer por causa disso. Afinal eu
tenho um pai de verdade. Tenho ou não tenho?
- tem sim – falou ele me
abraçando – um pai que pensou que você tinha desaparecido sem deixar rastro. Me
promete que nunca mais vai fazer isso.
- prometo sim – falei abraçando-o
de volta.
- então, vamos ver esse
apartamento oque você vai comprar? – falou meu pai com um sorriso.
- o senhor vai achar meio
extravagante, eu achei no começo, mas o senhor vai ver que… – falei chamando
por um taxi e um parou.
Assim que nós entramos eu falei o
endereço para onde iriamos. Eu estava chocado com o que tinha acontecido? Sim.
Eu iria sofrer por causa disso? não. Tinha uma nova vida esperando por mim,
tudo o que aconteceu foi inesperado, mas Eu disse que não perdoaria meu pai e
eu não perdoei por ele ter me tratado mal e agora que ele se foi tudo o que
sinto é finalmente livre. Eu já não tenho mais motivos para ficar preso no
passado. É como foi dito uma vez. Eu fiz de tudo para perdoar o que ele fez
comigo, ele me estuprou e levou uma grande parte minha embora quando fez isso e
mesmo assim eu o perdoei. O mundo dá voltas e pagamos aqui as coisas que
fazemos. Pode demorar um mês ou dez anos, mas ele vai precisar de mim. A partir
de hoje eu só tenho um pai. Ray.
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