A
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DEVAGAR
capítulo sete
língua de Jerry estava enfiada em minha
boca umedecendo os lábios que a muito tempo não sabiam o que era um beijo. Eu
estava gostando daquilo e tudo o que fazia era beijá-lo e alisar seu rosto de
leve enquanto Jerry me masturbava de leve e com cuidado. Levei minha mão até o
meio das pernas dele enquanto nos beijávamos e desci a bermuda e a cueca e
toquei seu membro quente o masturbando de leve.
-
que delicia – falou ele com sua bafo quente no meu rosto.
-
você beija muito bem, sabia?
-
você gostou dos meus beijos? Você sabe que beijo apaixona né?
-
sinto que já ouvi isso – falei beijando-o.
-
você é muito gostoso – falou Jerry – eu gostei de você ter me espiado no
banheiro, sabia?
-
você gostou?
-
sim.
-
porque?
-
eu só gostei – falou ele rindo.
-
deixa eu provar – falei com a mão no pau dele.
-
claro – falou ele tirando a bermuda e a cueca. Ele veio por cima de mim em um
sessenta e nove. Ele começou a chupar meu pau novamente e o seu membro duro
estava no alto do meu rosto esperando para ser saboreado.
Peguei
ele firme e antes de colocar na boca dei
um beijo no saco dele e senti o aroma. A bunda peluda dele me encarava e eu dei
lambidas até onde consegui antes de finalmente colocar na boca. Chupar enquanto
está sendo chupado é a melhor sensação do mundo. Eu o fazia com bastante
empenho.
-
que boca gostosa – falou Jerry parando por um momento apenas para apreciar
minha língua estar sendo esfregada na cabeça do seu pau.
Minha
mão alisava seu pau enquanto eu o mamava. Jerry estava gostando e por um
momento ele me teve só pra ele. Eu nem me importei.
Chupei
seu mastro por um bom tempo até que Jerry saiu da posição e veio por cima de
mim e beijou minha boca.
-
Usted tiene una boca muy sexy – falou
ele com um sorriso me beijando novamente. Sua barba negra me fazia cócegas.
-
você fala espanhol? – perguntei entre um beijo e outro.
-
claro. Não percebeu que tenho origem latina?
-
sim percebi, mas não pensei que você fosse realmente. Aprendi que na vida não
podemos fazer suposições.
-
você está certo – falou ele beijando minha boca – mas eu creio que quebrei essa
regra. Eu te via no bar e supunha você fizesse bem gostoso na cama e eu
acertei.
-
assim não vale – falei rindo.
Jerry
se levantou da cama e me chamou para sentar na beirada. Eu fiz isso e já peguei
seu pau na mão e comecei a chupa-lo.
A
cabeça rosada do seu pau estava um pouco babada e minha língua deixou ela
sequinha e limpinha. Seu pau estava cheiroso assim como o resto do corpo dele.
-
você vai me fazer gozar antes da hora – falou ele se afastando um pouco.
-
nem pense nisso – falei brincando – você não vai fugir dessa noite.
-
vai por mim, fugir é a última coisa que faria – falou ele se aproximando e já
guiando minha boca novamente para seu pau.
Depois
de um tempo chupando ele me mandou deitar na cama e ele veio por cima de mim,
mas ao invés de eu ter sua boca junto a minha eu tinha seu pau. Ele se apoiou
na cabeceira e começou a foder minha boca de leve.
Depois
de bastante tempo Jerry se levantou de joelhos na cama e pegou o preservativo.
-
você quer me comer? – perguntou ele com o preservativo na mão.
-
não – falei me sentando na cama – você me come – falei pegando o preservativo,
abrindo e colocando na ponta do pênis e deslizando a mão até cobrir todo o
membro.
-
deita de lado – falou Jerry pegando o lubrificante e passando na em todo seu
membro.
Me
deitei de lado e ele melou a mão e esfregou na minha bunda. Em seguida ele se
colocou atrás de mim na cama e me abraçou. Levantei minha perna até que ele
conseguisse penetrar.
Ele
alisou minha barriga enquanto forçava. Eu comecei a me masturbar de leve
sentindo o ardor. Antes de enfiar tudo ele abaixou minha perna e virou meu
corpo beijando minha boca.
-
que bundinha apertada – falou ele beijando minha boca enquanto me fodia bem
devagar. A medida que ele me fodia o pau dele ia tomando lugar dentro de mim.
-
que delicia – falei sentindo seus lábios no meu rosto e sua língua na minha
orelha.
Mesmo
depois de ter todo seu membro dentro de mim ele não aumentou o ritmo.
-
você não vai fazer mais rápido?
-
eu prefiro assim, é mais gostoso – falou ele enfiando o pau em mim de um modo
que senti um prazer enorme. Ele massageava minha próstata. Ele sabia o que
estava fazendo – a não ser que você queira algo mais rápido.
-
não não. Assim está muy sabroso –
falei sorrindo.
-
você também fala um pouquinho de espanhol né?
-
falo nada, mas acho que todos conhecem nem que sejam umas duas ou três palavras
em outra língua.
-
quem sabe um dia eu não te ensine?
-
eu vou ter prazer em aprender – falei beijando a boca dele.
Eu
estava excitado de tanto prazer que sentia naquele momento. A mão de Jerry
ainda estava na minha barriga fazendo carinho. Quando ele metia fundo e mexia
seu quadril de um jeito peculiar meu pau babava e ficava duro sem nem ao menos
eu tocá-lo.
-
você é bom no que faz – falei suado.
-
você parece gostar do sexo mais violento, mas o lentidão tem seu lado bom.
-
é só me ensinar, quem sabe eu não gosto.
-
tem tudo a ver com a linguagem corporal – falou ele chegando mais perto de mim
– é só se encaixar em mim e se mover igual a mim, devagar – falou ele me
penetrando bem lentamente.
Ele
deslizava seu membro para fora e para dentro enquanto sua boca me beijava bem
devagar e suas mãos me massageavam Jerry preferia o sexo mais calmo e
romântico. Ele tirava e colocava o pau bem levemente e me beijava enquanto
isso. Tenho que admitir que gostei.
-
está gostoso? – perguntou Jerry.
-
muito gostoso.
-
você quer gozar?
-
quero – falei levando a mão no meu pau.
Jerry
começou a estimular minha próstata com o pau e senti orgasmos e ao me masturbar
a goza saiu em jatos do meu pau na minha barriga.
-
que delicia – falei cansado.
-
gostoso – falou ele pegando uma toalha e limpando minha barriga. Seu pau ainda
cravado em mim.
-
você não vai gozar?
-
eu já gozei faz tempo – falou ele rindo.
-
sério – falei sentindo o pau dele duro em mim.
-
faz um tempinho – falou ele tirando o pau de mim. Em seguida ele tirou o
preservativo e me mostrou. Ele realmente tinha gozado. Ele deu um nó no
preservativo e se levantou para jogá-lo no lixo.
-
e então Jerry? Nossa tranza foi como você imaginou nas últimas semanas em que
me chamou pra sair? – perguntei brincando.
-
foi bem melhor – falou ele voltando a se deitar comigo. Ele veio por cima de
mim e deitou metade do seu corpo em cima do meu. Ele me deu um beijo e nós
trocamos carinhos.
-
e você? Meu pau é tão gostoso quanto você imaginou quando me olhava tomar
banho? – falou ele rindo.
-
mil vezes melhor – falei alisando o rosto dele.
-
será que eu ainda vou ter aquele encontro amanhã?
-
você quer se encontrar comigo mesmo depois de já ter me ‘traçado’?
-
mas é claro.
-
se você ainda quer, sim. Nós temos um encontro amanhã.
Jerry
me deu um último selo antes de sair de cima de mim e se deitar do meu lado.
-
e então… você foi mesmo demitido?
-
fui – falei respirando fundo – a culpa é do meu pai e da mulher dele a Vanessa.
-
porque?
-
eles me deixam louco. Como eu te disse, eu perdi um marido que na verdade nem
era mais meu marido, mas enfim… eles ficam tentando fazer de tudo pra me ajudar
a superar e eu preciso de um tempo deles sabe?
-
sei sim – falou ele me fazendo deitar do lado dele – ainda bem que você me
ligou. Já pensou se eu volto amanhã pra te buscar do nosso encontro e descubro
que você nem trabalha lá? Eu ia achar que se demitiu por minha causa.
-
deixa de ser bobo é claro que eu ia aparecer pro encontro.
-
será?
-
claro que ia.
-
será? – perguntou ele brincando outra vez.
-
eu apareci hoje não apareci?
-
apareceu – falou ele rindo e puxando um cobertor para cima de nós dois. Em
seguida ele desligou a luz do quarto e a do abajur.
-
me diverti muito essa noite – falei indo até o peito dele e dando um beijo –
estou morrendo de sono e tudo o que quero é dormir agarradinho com você.
-
bem agarradinhos – falou me puxando me fazendo deitar a cabeça em seu ombro.
Repousei minha mão em seu peito e ondulei os cabelos do seu peito com meu dedo.
-
obrigado por se abrir comigo – falou ele alisando meu rosto uma ultima vez
antes de levar sua mão ao meu braço e alisar enquanto tentávamos dormir.
-
Obrigado por fazer eu me sentir como uma pessoa normal. Obrigado por me
desejar, por brigar comigo, por ser sincero enfim, obrigado pela noite.
-
disponha – falou ele me apertando mais junto dele. Fazia tempo que não dormia
no peito de um homem e tenho que confessar que foi a primeira vez que realmente
dormi em muito tempo. Era como tirar o atraso do sexo e do sono. É uma noite
como essa que eu procurava a muito tempo. Estava me divertindo e esqueci minhas
dores, meus problemas. Não me importa o futuro, não me importa se Jerry gosta
de mim ou não, não importa se temos um futuro ou não, o que importa é que em
muito tempo ele é a primeira pessoa a me tratar como uma… bem… uma pessoa.
É
claro que a noite não foi tão perfeita assim. Eu não consegui pregar os olhos.
Por algum motivo eu estava me culpando pelo
oque tinha feito. Estava me culpando por estar vivendo enquanto ele não
está.
O
Relógio no criado mudo marcada pouco mais das quatro da manhã e tudo o que eu
pensava era na vida e na morte. Não sei se é porque me desacostumei a dormir
com alguém eu é porque eu realmente me sentia culpado, o fato é que eu não
conseguia pegar no sono.
Decidi
me levantar. Com muito cuidado é claro. Depois que me levantei abri a porta e
fui para sala me sentei no sofá e fiquei pensando na vida. Não fez muito
diferença. Não era a primeira vez que fazia isso. Mesmo quando Adam estava vivo
eu tinha esse costume de perder o sono pensando na vida. EM tudo que eu fiz no
erros e acertos. Eu me levantava no meio da noite e saia. Quando não ia para a
sala eu até saia do apartamento para pensar do lado de fora. Era frio, mas era
bem silencioso
A
diferença é que mesmo com o sono pesado, se Adam percebesse que eu não estava
na cama ele se levantava para me procurar. Quando me encontrava, ele me
abraçava e me pedia pra contar o que eu estava pensando. Na maioria das vezes
eu dizia “Não é nada”, ele sabia que tinha algo, mas não perguntava mais porque
ele sabia que a presença dele me acalmava um pouco.
Adam
sabia dos meus erros, ele sabia que eu tinha uma vida sexual bem ativa antes
dele, mas ele me respeitava e me amava mesmo assim porque eu acho que quando se
ama uma pessoa o passado é um detalhe. É claro que ele não ficava atrás. Ele
tinha fama de “galinha” e eu também não me importava. Nós somos o que somos e
quando encontramos alguém especial nós queremos passar o resto da vida juntos.
Pelo menos foi o que pensei que aconteceria conosco.
Sentado
no sofá eu pensei no que tinha acabado de fazer com Jerry e me arrependi.
-
porque é tão difícil seguir em frente? – perguntei limpando as lágrimas. Eu
suspirei enquanto chorava no silêncio da noite – Não há amor, como o seu amor e
nenhum outro poderia me dar mais amor.
Quando
ouvia falar de amor no passado eu não acreditava. Eu pensava ser uma ilusão
criada para vender presentes e um motivos para matar ou morrer, mas a verdade é
que dói muito. Eu nunca pensei que fosse capaz de amar alguém tão forte até que
ele se foi. Nós seres humanos temos essa mania de só dar valor ao que temos
depois que perdemos.
Não
senti sono então passei o resto da madrugada sentado. Pelo menos até ás seis da
manhã. Jerry provavelmente trabalharia no dia seguinte então eu tinha que estar
na cama com ele.
Uma
dor tinha me pegado noite passada. Passei a madrugada no sofá chorando por
Adam, chorando porque ter conhecido outra pessoa é como admitir que ele não vai
voltar. Por mais que seja verdade dói admitir. Me deitei por volta dás seis da
manhã e pensei que estaria acordado quando Jerry se levantasse, mas a verdade é
que eu apaguei. Finalmente consegui dormir. A noite passa foi boa. Quanto tempo
não fazia que eu tinha uma noite tão agradável e divertida quanto a que tinha
tido? Mentira. Eu consigo sim me lembrar. Foi com Adam. Fiz sexo antes de Adam,
fiz sexo depois de Adam, mas ninguém nunca me trouxe os sentimentos que sentia
com ele. Jerry foi o primeiro. Ele era espontâneo e divertido assim como Adam.
Depois de tudo o que passei desde aquele fatídico dia eu nunca mais pensei que
iria me divertir outra vez.
Me
espreguicei com a luz do sol em meu rosto. uma brisa me arrepiou e eu percebi
que o ar-condicionado estava ligado e as janelas abertas. Procurei pelo meu
celular e vi que ele estar em cima do criado mudo junto com um papel. O celular
marcada quase nove da manhã e o papel estava escrito a mão.
Infelizmente tenho que trabalhar. Queria
muito estar ai quando você acordasse. A noite passa não sai da minha cabeça.
Aproveite a piscina e o apartamento. Te vejo a noite.
Beijos. Jerry.
Me
espreguicei com a luz do sol em meu rosto. uma brisa me arrepiou e eu percebi
que o ar-condicionado estava ligado e as janelas abertas. Procurei pelo meu
celular e vi que ele estar em cima do criado mudo junto com um papel. O celular
marcada quase nove da manhã e o papel estava escrito a mão.
Voltei
a me deitar na cama e respirei fundo. Que bom que ele não conseguia tirar a
noite passada da cabeça porque eu também não pensava em mais nada.
Antes
que pudesse me levantar e pensar no que iria fazer o interfone do quarto tocou.
Vesti rapidamente uma bermuda que estava no cabide e fui atender.
-
bom dia.
-
bom dia – respondi animado.
-
tem uma garota aqui em baixo. Ela disse que te conhece.
-
o nome dela é…
-
Vanessa.
-
Vanessa? Como diabos ela sabe que eu estou aqui?
-
o senhor virá aqui ou posso autorizar a entrada dela?
-
eu vou descer. Não deixe ela entrar.
-
sim senhor – falou o porteiro desligando o telefone.
-
como ela sabe que estou aqui? – falei voltando ao quarto e procurando algo para
vestir.
Mesmo
que eu não acredite na teoria que meu tio Roger disse, eu comecei a ficar
pensando a mesma coisa. Será que Vanessa não é o que parece? Afinal aparentemente meu pai e ela são um casal
amável, mas realmente quem vê um casal não sabe o que acontece entre eles
dentro de um lar. Eu sou a prova disso.
Não
encontrei minhas roupas e fui até o quarto de Jerry e vi elas lavadas e
dobradas. Jerry as tinha lavado pra mim.
-
esse são os benefícios de ter uma lavadora e secadora – falei vestindo a roupa
e em seguida saindo do quarto e descendo pelo elevador.
Tocava
uma música agradável que me acompanhou pelo caminho do prédio até a portaria.
-
bom dia – falei olhando de um lado para o outro procurando Vanessa.
-
bom dia – respondeu o porteiro.
-
onde ela foi?
-
não sei, ela estava aqui a um segundo.
-
Vanessa? – falei saindo da área do prédio procurando por ela, mas na verdade
quem estava lá não era Vanessa e sim Rebecca. A fã histérica da noite passada.
-
Mike – falou ela com um meigo sorriso.
-
que susto. Rebecca? O que está fazendo aqui? Como você me achou?
-
eu te segui ontem a noite.
-
você passou a noite toda aqui?
-
isso é um insulto. Não sou idiota. Eu te segui e depois de ver onde estava eu
fui para casa. E agora estou aqui.
-
você é louca, se você não se afastar de mim eu vou chamar a policia e pedir uma
ordem de restrição contra você.
-
por favor, não faça isso – falou ela mais uma vez com meu livro na mão. Me
parece que era como uma bíblia pra ela.
-
tem algum problema? – perguntou o porteiro – quer que eu chame o segurança.
Olhei
para Rebecca uma última vez e respirei fundo.
-
eu estou bem. Não precisa chamar o segurança.
-
obrigada – falou Rebecca.
-
eu converso com você, mas não vou te chamar pra entrar.
-
não tem problema, você vai me agradecer depois de conversar comigo.
-
é isso que veio fazer aqui? Conversar comigo?
-
sim, eu preciso te mostrar algo.
-
tudo bem, mas promete não ficar me seguindo depois que eu ver tudo o que você
me mostrar.
-
prometo – falou ela me entregando um jornal.
-
pelo amor de deus – falei devolvendo o jornal.
- você nem viu – falou ela surpresa.
-
eu sei que são más noticias. Toda vez que alguém diz “veja essa noticia” ou me
entrega um jornal eu descubro um segredo e eu fico mal por isso.
-
tem certeza que você não quer ver?
-
é noticia ruim?
-
infelizmente – falou ela me mostrando a data do jornal. Era de mais ou menos
dois meses atrás.
-
o que tem essa data.
-
ontem quando aconteceu toda aquela confusão eu tive essa coisa na minha mente.
Eu sabia que tinha algo errado. Eu vi Jerry e fiquei com ele na cabeça e eu
coleciono jornais e eu procurei por casa reportagem.
Ela
abriu a página e eu vi a foto de Jerry recebendo um prêmio.
-
Jerry recebendo um prêmio?
-
vê só o nome? Jeremiah Carpenter Ortíz. Jornalista do San Diego Diary. Ele está recebendo um prêmio por uma reportagem
que ele fez ao The New York Times a
poucos meses.
-
Jeremiah Ortíz?
-
sim.
-
Jerry deve ser um apelido – falei encarando a foto grafia – ele é jornalista?
-
sim. Ele não te contou, certo?
-
não. Ele disse que trabalha como contador em
uma empresa de seguros chamada ‘Griffin
Security’.
- você precisa tomar cuidado com
ele. Eu sei o que os jornalistas fizeram a você antes.
- eu sei – falei baqueado. Tinha
sido um choque.
- você está bem Mike?
- estou sim é que…
- é difícil né? Descobrir que a
pessoa que você gosta está te enganando?
- é sim – falei cabisbaixo – puxa
vida Rebecca, eu não… não acredito que fui enganado outra vez.
- vou deixar você em paz, OK –
falou ela se afastando.
- obrigado mesmo por isso e me
desculpa por ter te tratado mal ontem. Eu realmente não costumo ser tão
grosseiro.
- não tem problema. Eu te entendo
– falou ela indo embora se despedindo.
Olhei para o jornal e não
acreditei que aquilo estava acontecendo. Outra vez. Scott me enganou uma vez e
nós fizemos sexo. Ele acabou gravando o sexo e liberando na internet. Ele era
um espião. Agora Jerry. Eu devo ser apenas uma matéria de primeira página pra
ele. Depois de tudo o que eu disse, depois que me abri com ele. Ele sabe de
tudo sobre mim, sobre Adam… tentei não me importar e fui para o apartamento
pegar minhas coisas e cair fora daquele lugar.
- o senhor está bem? – perguntou
o porteiro quando estava entrando.
- a próxima vez que ela vier eu
vou chamar o segurança novamente, OK?
- não precisa – falei ao longe.
Eu nem tenho certeza se ele ouviu eu responder. Eu nem ligava, só queria pegar
minhas coisas e ir embora.
Voltei ao apartamento de Jerry e
peguei minha mochila e peguei meu celular e ao chegar na sala parei por um
momento. Era difícil ser enganado uma vez na vida, mas duas vezes… eu não podia
acreditar. Antes de sair pela porta peguei meu celular e liguei para Jerry.
Tinha manias de não deixar essas
coisas para trás. Eu podia muito bem sair por cima, mas não. Eu tenho essa
necessidade de querer tirar tudo a limpo.
O telefone chamou e Jerry
atendeu.
- olá.
- oi Jerry.
- Mike? Que bom que ligou.
- você está no trabalho agora?
- estou sim.
- se eu te perguntar uma coisa
você me responde com sinceridade?
- claro.
- você é jornalista?
- Um longo silêncio se seguiu e
eu só ouvia barulhos no fundo. Fiquei calado esperando a resposta.
- sou sim – falou ele depois de
um tempo de demora – como descobriu?
- não importa, eu estou indo
embora a cópia da chave que você deixou comigo vai estar na portaria.
- Mike não…
Desliguei o telefone e sai do
apartamento. No elevador tocava a mesma música, mas por alguma razão ela já não
parecia ser tão boa quanto antes.
Atravessei a área livre até a
portaria. Passei pelas piscinas e ao chegar lá entreguei a chave para o
porteiro.
- você não vai voltar? –
perguntou o porteiro.
- não – falei saindo da portaria
e seguindo pela calçada procurando por um ponto de ônibus. Essa é a parte que
mais odeio em minha vida. Já até virou rotina ser enganado. Eu já devia ter me
acostumado.
Ao sair pela portaria segui pela
calçada do condomínio. Talvez eu encontrasse um ponto de ônibus por perto. Foi
nesse momento que que ouvi um carro frear bruscamente log na minha frente.
Levei um susto, mas logo vi que era Jerry. ele deixou o carro do jeito oque
estava e saiu de lá dando a volta no carro.
- Mike, não vá embora. Vamos
conversar -falou ele vindo até mim.
Eu não dei atenção, mas quando
ele se aproximou de mim eu apertei a mão e dei um soco de esquerda bem no
queixo dele.
Jerry cambaleou para trás e parou
dois passos alisando o rosto.
- tenho certeza que você tem uma
puta história pra publicar. Só espero que não tenha um vídeo dessa vez – falei
continuando a andar.
- espera um pouco, vamos
conversar – falou ele de voz mansa tocando meu braço de leve – por favor me dê
a chance explicar.
- sem chance – falei seguindo.
Jerry então pulou na minha frente
e me fez parar.
- você teria saído comigo se
soubesse que eu sou jornalista? – falou Jerry me fazendo dar passos para trás
até encostar na grade do condomínio. Eu nem olhava para a cara dele – me responde.
Você teria aceitado sair comigo?
- não.
- então? – falou ele rindo – eu
menti porque eu sabia que você nunca aceitaria sair comigo. Você é igual a mim
Mike. Você consegue se perdoar quando é enganado uma vez, mas quando você se
deixa enganar duas vezes você fico com raiva de si mesmo.
Não respondi nada.
- olha pra mim – falou ele
levando a mão direita ao meu rosto e deixando ela lá enquanto o dedão alisava
minha bochecha.
Olhei para ele nesse momento.
- tudo o que eu disse ontem a
noite é verdade.
- eu não sou só uma história pra
você publicar?
- não. Eu queria mesmo te
conhecer. Eu queria passar a noite com você. Você foi tão carinhoso comigo
ontem. Se você conseguir me perdoar por esse erro eu vou te mostrar e te provar
que a noite passada significou mais do que você pensa.
Nesse momento os carros começaram
a buzinar. O carro de Jerry estava atravessado no meio da rua.
- eu preciso tirar o carro do
meio da rua, mas só vou fazer isso se você me perdoar.
- isso é chantagem.
- mais ou menos.
Os carros continuaram buzinando e
agora um dos motoristas haviam saído do carro e gritava com Jerry.
- você me perdoa? – perguntou
Jerry se afastando e entrando dentro do
carro. Ele o tirou do meio da rua.
Os outros carros passaram e ele
me olhou de dentro do carro esperando a resposta.
- me perdoa?
- eu não te perdoo, mas aceito
conversar mais sobre o assunto.
- beleza – falou ele abrindo a
porta do carro – entra aqui e nós vamos pro meu apartamento.
- você não precisa trabalhar?
- folga o resto do dia.
Me aproximei do carro e fechei a
porta.
- eu tenho pernas. Vou andando.
- OK – falou ele me acompanhando
andando com o carro bem devagar.
- será que não percebe que um dos
motivos de não ir de carro é que eu não quero você ao meu lado? Vai logo e me
espera. Eu vou chegar lá.
- Se você não aparecer você sabe
que eu vou atrás de você, não sabe?
- eu estou quase desistindo de ir
– falei parando.
- estou te esperando – falou ele
indo com o carro e logo mais a frente eu o vi entrar e ele seguiu para o
estacionamento dentro do condomínio.
Depois de alguns metros
finalmente cheguei a portaria e eu entrei seguindo para o prédio do Jerry.
entrei no elevador e ao chegar no apartamento abri a porta e Jerry estava na
cozinha.
- o que você tem a dizer?
- você vai ficar ai parado na
porta?
- eu só quero saber o que te deu
para mentir pra mim.
- senta aqui e vem conversar
comigo – falou ele na cozinha preparando algo para comer. Ele apontou para o
banco próximo ao balcão.
- tudo bem – falei me sentando –
e então? Me convença de que mentir foi melhor do que contar a verdade. Eu quero
até ver o que você vai inventar, acho que não existe desculpa por ter me
enganado desse jeito.
- meu amor, mas eu não te enganei
– falou ele colocando ingredientes no balcão – eu só menti um detalhe porque
fiquei com medo que se você soubesse a verdade talvez você nunca me desse uma
chance.
- não me… não me chama de ‘meu
amor’. Eu não sou seu amor e você não é meu amor.
- você precisa me perdoar. Eu
menti, mas já te contei a verdade – falou ele dando a volta no balcão e vindo
até mim. ele se aproximou o suficiente e se colocou entre minhas pernas em e
abraçou – eu vou te chamar de ‘meu amor’ porque você é meu amor – falou ele
beijando meu rosto.
- nós mal nos conhecemos e você
já vem me chamando de amor?
- você não percebe que estou
apaixonado por você? Eu vou aquele bar e restaurante a meses e sempre estive de
olho em você. O modo como você anda ou o modo como sorri. Eu venho te
observando a um bom tempo e eu me apaixonei por você. Eu estou caído por você –
falou ele dando um selo na minha boca – então é melhor você me perdoar porque
vai ser bem difícil se livrar de mim. você fez eu me apaixonar e agora quer me
deixar para trás?
- você está mesmo apaixonado por
mim?
- você não tem idéia. Sabe a melhor
parte do meu dia? Foi ter acordado com você ao meu lado. Você dormia tão
profundamente. Eu te vi me virei e te abracei por trás na cama e dei um beijo
no meu rosto e depois um beijo na sua orelha e alisei seu braço. Você estava
dormindo tão profundamente – falou ele beijando meu rosto e depois minha
orelha. Ele me mostrava o que tinha feito – depois eu disse assim na sua orelha
bem baixinho – eu te amo e depois eu estava pronto para o trabalho. esse foi o
melhor momento do meu dia e talvez o melhor momento desse ano. Tudo o que quero
é ter a chance de te ter na minha cama outra vezes para podermos conversar e
passar um tempo juntos rindo, brigando e depois de reconciliando.
- você está mesmo apaixonado por
mim?
- estou! Porque é tão difícil de
acreditar?
- eu não sei – falei rindo – acho
que essa é a primeira vez que alguém se apaixona por mi mantes que eu me
apaixone primeiro. Eu era tipo o garoto apaixonado. Eu vivia me apaixonando e
me decepcionando.
- o único que não te decepcionou
foi Adam? – perguntou ele.
- foi – falei suspirando – eu me
apaixonei por ele, mas ele não se apaixonou por mim. quando eu consegui
superá-lo ele acabou se apaixonando por mim e eu voltei a me apaixonar por ele.
Sei que parece uma bagunça mas foi assim que conheci o homem que mais amei na
vida.
- eu entendo como é difícil para
você. Eu sei que não vai ser fácil se apaixonar outra vez, mas eu peço que me
dê uma chance. Eu estou apaixonado por você e vou te paparicar bastante daqui
pra frente.
- você está basicamente me
pedindo em namoro?
- não precisa namorar se não
quiser, eu entendo se namorar for algo assustador devido ao que aconteceu com
você, eu só preciso que me garanta que nós seremos exclusivos um para o outro –
falou ele beijando minha boca.
No começo eu não retribui o
beijo, mas depois me rendi e o beijei. Levei minha mão á sua nuca e o
pressionei contra mim. Seus beijos eram gostosos e estranhamente
reconfortantes.
- e então vai me dar a garantia
que eu serei o único homem em sua vida?
- acho melhor namorarmos logo de
uma vez, se você me prometer ser sincero comigo daqui pra frente.
- ótimo – falou ele me dando um
último beijo – se você também for sincero comigo.
- de acordo – falei dando um
outro selo em sua boca.
- posso saber como você descobriu
que eu sou jornalista?
- não, não pode.
- eu mereço saber.
- se você quer saber é porque
quer se prevenir para que eu não descubra mais nada.
- não é isso.
- então porque você quer saber?
- quer saber? Eu não quero mais
saber.
- tem certeza? Eu posso te
contar.
- eu não vou cair nessa. Você
quer me pegar de surpresa. Eu realmente não quero saber. Se você contar eu não
vou ouvir. Eu vou tapar meus ouvidos.
- OK, eu não vou falar – falei
rindo mesmo não querendo.
- eu fiz você rir – falou Jerry me
puxando me fazendo levantar.
- não vai fazer algo? Você
colocou um monte de ingredientes em cima do balcão.
- está muito cedo de qualquer
maneira – falou ele me puxando para o quarto.
- você quer fazer sexo de novo? –
falei entrando no quarto com ele.
- nós brigamos feio e eu quero um
sexo de reconciliação.
- essa desculpa não cola comigo –
falei fechando a porta do quarto.
Jerry beijou minha boca e foi
tirando minha roupa enquanto isso. Eu fiz o mesmo e tirei a roupa dele.
Enquanto beijava-o eu me lembrei do que meu tio Roger tinha dito. Eu finalmente
tinha encontrado meu motivo para sair de casa.
- você acha que estamos indo
muito rápido? – perguntei tirando minha roupa e ficando só de cueca.
- você acha que nós estamos indo?
– falou Jerry fazendo a mesma coisa.
- eu não sei, quer dizer, acho
que meu maior erro foi querer um relacionamento conto de fadas. Eu passei a
vida esperando conhecer alguém a moda antiga. Três encontros e depois o
primeiro beijos, mais três encontros e amasso dentro do carro e depois de uns
cinco meses os primeiro sexo.
- méh, isso é muito sem graça. Nós estamos criando nosso próprio
contos de fadas – falou ele se aproximando de mim e me beijando.
- você tem razão – tudo o que
você precisa fazer é me deixar apaixonado.
- eu vou me empenhar para conseguir
isso. Leve o tempo que custar – falou ele pegando minha mão e levando até o
volume em sua cueca branca.
- vou estar esperando acontecer –
falei tirando a cueca dele.
Enquanto fazíamos sexo, eu fiquei
pensando em tudo o que aconteceu. Não tenho bem certeza o que vai acontecer e
pela primeira vez parece que não estou indo rápido e colocando o carro na
frente dos bois. Eu fui sincero e deixei bem claro que não estou apaixonado por
ele, talvez eu fiquei futuramente, mas por enquanto só estou aproveitando sexo
quente com uma pessoa que gosta da compartilhar seus momentos comigo.
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Musical de Harry Potter?!? Aí é demais pro meu coraçãozinho. Sou um eterno fã de 28 anos de Harry! Aí leio um dos melhores capítulos da temporada e finalizo com essa trilha. Perfeição existe! E o paidela é você! Rsrs
ResponderExcluirA.