ALGO PARA SE LEMBRAR capítulo nove
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meses se
passaram desde que eu tinha conhecido Jerry. Nós começamos a namorar e ficamos
mais próximos em todo esse tempo. Passamos o natal e o ano novo em Vermont. Voltamos
uma semana depois do ano novo. Era segunda-feira de janeiro. As festas tinham
passado e Jerry tinha acabado de voltar de suas férias do trabalho. Eu não vi
ninguém em todo esse tempo. Nem Larry, nem Vanessa… ninguém. Éramos apenas
Jerry e eu.
Eu sei que meu pai me tratou mal e eu não o perdoei
e não vou perdoar, mas sabe quando você tem um lampejo de esperança mesmo
quando tudo está perdido? Era assim que me sentia sobre o fato dele não ter me
procurado. Esse é o trabalho de um pai. Eu pelo menos seria assim. Mesmo que
meu filho dissesse que me odiava eu procuraria por ele mesmo assim.
Jerry e eu morávamos juntos, mas
nenhum de nós admitia isso. Jerry gostava de dizer que eu estava hospedado. Ele
acha que dizer que moramos juntos pode arruinar o relacionamento que é tão
recente. E eu realmente concordo com ele.
Pela primeira vez sentia vontade
de gastar o dinheiro do seguro. Era só não pensar muito de onde tinha vindo
porque eu ficava depressivo sem o menor ânimo. É claro que mesmo com essa
vontade de gastar eu estava meio relutante quanto a isso. Não me admira que eu
procure apartamentos a mais de um mês e nenhum deles tenha me agradado. A
verdade é que mesmo decidindo comprar com o dinheiro do seguro eu ainda estava
relutante. Uma parte de mim ainda não queria admitir que Adam se foi.
Estava distraído olhando o jornal
quando Jerry chegou do trabalho.
- boa noite – falou ele vindo até
mim sentado no balcão. Ele me deu um selo e depois um beijo de língua – como
foi seu dia?
- foi ótimo, e o seu?
- foi bom até o momento que
cheguei e te vi. Agora ele se tornou um dia mais do que perfeito – falou ele me
dando outro selo.
- você é uma graça sabia? Um dos
últimos homens românticos que sobraram. Você não precisa me tratar tão bem
assim.
- qual o problema de eu te tratar
tão bem? eu só gosto de cuidar do que é meu – falou ele puxando uma cadeira e
se sentando de frente pra mim.
- eu sou seu? – perguntei rindo.
- só meu –falou ele beijando
minha boca – eu já disse que te amo hoje?
- ainda não.
- eu te amo – falou ele tirando o
terno e jogando no sofá.
Eu dei um sorriso e beijei-o.
- você não vai responder?
- o que?
- eu disse que te amo e você não
respondeu.
- você quer que eu minta?
- não.
- eu gosto muito de você Jerry.
Eu realmente gosto de você, muito, gosto de estar com você, gosto dos seus
beijos e o modo como você me trata como se eu fosse o único homem no mundo, mas
eu não te amo. Ainda. Eu gosto de você e te aprecio, mas eu não quero mentir.
- tudo bem – falou ele dando um
selo na minha boca – eu posso esperar. Afinal eu me apaixonei por você desde
quando coloque meus olhos em você pela primeira vez. Nós temos quase quatro
meses juntos, mas na minha cabeça nosso relacionamento já tem anos.
- você é muito fofo sabia?
- claro que sou, nós fomos feitos
para ficar juntos. Você é Mickey e eu sou Jerry.
- o que tem a ver?
- ambos somos ratinhos – falou
ele alisando meu rosto.
- é verdade, eu nunca pensei
nisso.
- viu só? Destino.
- pois é – falei suspirando e olhando
o jornal.
- o que foi? Você ainda procura
um apartamento?
- sim. Eu passei praticamente o
dia todo procurando por um apartamento, mas eu simplesmente não consigo.
- eu já te disse que á duas
quadras daqui tem um apartamento a venda. O prédio tem piscina, sauna,
academia, tem tudo o que você poderia querer. Porque você não compra? É o
dinheiro? Ele é caro, mas se o problema for esse eu te ajudo a comprar.
- não. É muito legal você se
oferecer, mas o problema não é o dinheiro é que…
- o que foi?
- hoje… - falei pausando – Hoje
foi a primeira vez que eu literalmente esqueci o rosto de Adam.
- como assim?
- eu acordo e penso nele todos os
dias, mas hoje eu não consegui me lembrar do rosto dele. eu me lembrava do
corpo, de suas mãos e do terno que ele usava quando trabalhava, mas em minha
mente eu não conseguia lembrar do seu rosto. Eu tive que procurar por uma foto
dele no computador para ver seu rosto e mesmo assim eu ainda não consegui me
lembrar direito. A menos que estivesse olhando – falei respirando fundo
novamente – eu sei que isso é normal. É assim que nossa mente trabalha para
poder amenizar a dor. Ela grava os rostos que vemos, amigos, inimigos e
desconhecidos, mas o rosto do homem que me causa dor toda vez que lembro, minha
mente decidiu esquecê-lo para que a dor passe, mas eu não quero.
- sinto muito por você Mike. De
verdade – falou Jerry me puxando em e abraçando. Ele me abraçou e beijou meus
cabelos.
- todas essas mudanças fazem mal
pro meu corpo e eu tenho medo que no final dessa transição eu não seja a mesma
pessoa que era antes. Eu preciso me lembrar dele. Eu não quero que ele seja
apagado da minha memória porque Adam é uma das coisas que me colocam onde
estou, uma das memórias que me lembram de quem eu fui um dia. Eu preciso de
algo que me lembre disso.
- não importa se você esquecê-lo.
Desde que ele sempre fique em seu coração você vai ser sempre a pessoa que foi.
- obrigado – falei olhando para
Jerry profundamente e dando um selo demorado em sua boca. – eu te…
- não diga – falou Jerry dando um
selo na minha boca – eu quero que diga ‘eu te amo’ quando você realmente
sentir. Eu só estava brincando com você.
- ok, ok – falei com um meio
sorriso.
- eu estava pensando – falou ele
se levantando e começando a tirar a roupa.
- o que?
- que tal jantarmos fora?
- é uma ótima idéia.
- mas não vamos a um restaurante
que já fomos antes.
- em qual iremos dessa vez?
- vou te mostrar um pouco mais de
minhas raízes. Vamos a um restaurante de comida mexicana. O que você acha?
Comida e música típica de onde minha família veio, que tal?
- é uma ótima idéia. Está na hora
de eu te conhecer um pouco.
- com certeza – falou ele apenas
de cueca preta parado na porta do quarto – que tal nós economizarmos tempo e
tomarmos banho juntos?
- ótima idéia – falei me levantando
e indo para o banheiro com Jerry.
As lembranças que tinham com Adam
estava sendo substituídas a cada dia. A cada toque de Jerry, a cada beijos que
nós dávamos eu me afastava um pouco mais da vida que eu tinha e eu só me sentia
culpado por não me sentir culpado. Esquecer faz parte da natureza humana. E eu
me esqueci deixado daquele chuveiro sentindo os lábios de Jerry no meu pescoço
e seu membro me fazendo implorar por mais enquanto ele me penetrava.
Era como se mover em câmera
lenta. Á água escorria por nossos corpos que agora eram um só, envolvidos pelo
calor e desejo.
Jerry levou sua mão direita ao
meu rosto e o virou e beijou minha bochecha enfiando seu pau duro entre mais
pernas em um frenesi de movimentos.
Nenhuma palavra era dita, mas
conversávamos atrás da linguagem corporal. Ele enfiou seu membro inteiro em mim
e ele gemeu ao gozar preenchendo toda a camisinha. Seu corpo era pressionado
contra o meu enquanto o sua mão esquerda me masturbava arrancando de mim minhas
últimas forças.
Jerry retirou seu membro de
dentro de mim e tirou a camisinha jogando ela para fora do box para que
finalmente terminássemos nosso banho.
Quando estávamos finalmente
prontos para sair, descemos pelo elevador e no subsolo nós entramos no Range Rover preto de Jerry. ao passarmos pela portaria eu percebi
que estava tendo alguma movimentação anormal. O porteiro parecia estar chamando
ajuda e o segurança parecia estar impedindo alguém de entrar.
- o que está acontecendo ali? –
perguntou Jerry virando a esquerda para seguir caminho.
- eu não sei -falei quando passamos em frente, mas logo
levei um susto. – para o carro.
- porque? – falou Jerry parando.
Eu desci do carro e ao chegar lá
eu mandei que parassem.
- para com isso, solta ela –
falei separando o segurança que tentava segurar Rebecca. O homem estava
impedindo Rebecca de entrar.
- Rebecca o que está fazendo
aqui?
- eu só queria saber como você
está Mike – falou ela com os olhos vermelhos. Ela tinha chorado.
- essa garota aparece aqui
praticamente toda semana e pede pra ligar no apartamento do Sr. Ortíz.
- eles te machucaram Rebecca?
- não. Eu estou bem.
- quer que eu chame a policia.
- não precisa. Obrigado por
impedir ela de entrar, mas não precisam abusar da autoridade e usar a força –
falei me afastando e puxando Rebecca.
- obrigado – falou ela limpando
as lágrimas.
- o que você está fazendo aqui
Rebecca?
- eu só queria saber como você
estava. Você ainda está com o jornalista?
- estou sim.
- mas ele vai escrever sobre
você.
- eu agradeço mesmo por ter me contado
quem Jerry é de verdade, mas nós já nos resolvemos, OK? Eu estou bem.
- tudo bem – falou Rebecca. Fico
feliz que está bem -falou ela indo
embora.
- espera Rebecca.
Rebecca nem era minha amiga e se
importava comigo mais do que o restante dos conhecidos. Voltei para o carro e
entrei.
- quem é aquela garota?
- ela é uma fã minha? Ela leu meu
livro e meio que ficou obcecada por ele.
- o que ela faz aqui?
- olha, eu sei que você queria
que essa noite fossemos apenas nós dois, mas será que podemos levar ela? ela
parece ter a autoestima lá em baixo.
- você quer mesmo levar ela?
- significaria muito pra mim.
- tudo bem.
- obrigado – falei dando um selo
na boca dele – sabe aquela coisa que você me disse outro dia? Eu prometo que
quando voltarmos eu vou te dar uma chance de me convencer a fazer.
- sério? – perguntou Jerry
animado.
- sério.
- eu vou cobrar – falou ele rindo
– de verdade, eu vou cobrar mesmo.
- pode cobrar – falei abrindo a
janela do carro – Rebecca que tal jantar comigo e com o Jerry?
- eu não quero atrapalhar.
- que atrapalhar que nada, você
merece afinal é minha fã número um.
- tudo bem então – falou ela mais
animada.
Rebecca entrou e Jerry olhou pra
ela.
- sou Jerry, muito prazer – falou
ele com um sorriso dirigindo.
- sou Rebecca – falou ela
sorrindo olhando para Jerry e depois para mim.
- vamos lá então, vamos nos
divertir bastante – falei sorrindo para Rebecca enquanto Jerry ligava o carro e
nós partíamos para nossa noite.
Esperava muito que essa noite
fosse divertida. Rebecca era fanática por mim e por meu livro, mas eu não acho
que menosprezá-la é a melhor solução afinal ela leu meu livro e gostou bastante
e não importa quanto diferentes ou excêntricas as pessoas sejam elas merecem
ser tratadas com respeito como qualquer outra. Eu estava feliz por leva-la
conosco. De verdade. Eu não sabia nada sobre ela. não sabia se ela tinha
família ou namorado, mas pretendia conhecer ela mais.
Jerry e eu estávamos de mãos
dadas e Rebecca caminhava ao meu lado.
- que restaurante chique – falou
Rebecca quando entramos – você já veio aqui? – perguntou Rebecca para mim.
- não, nunca. Eu também nunca
comi comida mexicana – o nome do restaurante era ‘Sabor Latino’ – falei apontando para uma laca. O local era todo
decorado com sombreiros, fotos mexicanas. Era como estar em outro país – e
você?
- eu também nunca comi.
- reserva para Jerry Ortíz –
falou ele quando chegamos na entrada.
- para dois?
- a reserve foi para dois, mas
agora somos três.
- me acompanhe – falou ele nos levando
a nossa mesa.
O homem nos levou para uma mesa.
Jerry e eu nos sentamos de frente um para o outro e Rebecca se sentou ao meu
lado.
- e então? o que vamos comer? –
perguntei olhando o cardápio.
- que tal o rodízio? – falou
Jerry – dessa forma vocês experimentam de tudo.
- ótimo, o que acha Rebecca? –
perguntei olhando para ela.
- eu não sei. Quanto custa?
- não se preocupe, hoje será por
minha conta – falou Jerry.
- sério? – perguntou ela animada.
- sério – falou Jerry sorrindo
para ela.
Olhei para Jerry e ele sorria
paras Rebecca que parecia lisonjeada pelo oque Jerry disse. Ela tentava
esconder um sorriso enquanto Jerry a cobria com seu olhar.
- OK – falei chamando a atenção
de Jerry.
- o que foi meu amor?
- nada não – falei confuso.
Assim que o garçom veio nós
ficamos com dois rodízios para mim e Rebecca, enquanto Jerry pediu uma bebida
alcoólica e porções de batata com queijo e taquitos
para ele.
Rebecca e eu começamos a comer
assim que nos era trazidos as mais variadas iguarias.
- e ai? apimentado? – perguntou
Jerry rindo.
- um pouco – falei suando.
- comida mexicana é bem
apimentada.
- verdade – falei tossindo – está
tão forte.
- parece que Rebecca está
aguentando – falou Jerry.
- pois é. Parece que eu fui feita
para esse tipo de comida.
- me deixa encher seu copo –
falou Jerry pegando o refrigerante.
- obrigado – agradeci Jerry, mas
ele na verdade estava falando com Rebecca e ele encheu o copo dela.
- obrigada – falou Rebecca.
- me desculpa – falou Jerry pra
mim – você quer?
- quero sim –falei sem graça. A
idéia de convidar Rebecca foi minha, mas aquele clima estava estranho. Jerry
tinha mudado. Já passeio por tanta coisa na vida, já errei, trai e fui traído.
É claro que fiquei com a pulga trás da orelha.
- o que foi Mike? Não gostou da
comida?
- gostei sim – falei forçando um
sorriso e continuando a comer.
A noite continuou. Rebecca e eu
comíamos todo o tipo de variedades e Jerry, como já era acostumado, só comia
algumas porções que ele pedia. Teve até um breve momento onde todas as luzes
foram apagadas e pessoas apareceram fantasiadas para cantar parabéns para
alguém no restaurante.
Aquele era realmente um lugar
animado. Nunca tinha ido a um lugar com esse clima mais animado. Eu tinha
gostado.
- eu já estou me acostumando a
pimenta.
- será? – perguntou Jerry rindo.
- eu não sei porque, mas sempre
tive mais resistência a essas coisas. Eu sempre comi comidas diferentes:
Japonesas, indiana e eu sempre gostei também do sabor picante.
- é bom experimentar – falou
Jerry conversando com Rebecca.
- é sim. Eu costumava muito ir a
esses lugares com minha família na minha adolescência. Eles gostavam de variar,
realmente a comida mexicana foi a única que ainda não tinha experimentado. Meu
pai e minha mãe me levavam sempre.
- o que aconteceu com seus pais?
- eles morreram em um acidente
aéreo.
- sinto muito – falou Jerry – eu
sei como é perder os pais. Meu pai morreu quando eu ainda era pequeno. Ele
tinha câncer e minha mãe cuidou de mim até os dezesseis quando ela também
morreu com câncer.
- puxa vida – falou Rebecca.
- eu não sabia disso – falei
olhando para Jerry – seus pais morreram mesmo?
- sim. Eu nunca te contei essa
história?
- não.
- eu pensei que tivesse te
contado – falou Jerry com um sorriso pra mim.
A noite foi passando e por volta
das onze ninguém de nós já comia, apenas bebíamos. Eu meio que fiquei para
escanteio porque Jerry e Rebecca tinham tanto em comum. Eles pareciam até um
casal de velhos conversando.
Eu apenas sorria e acenava quando
na verdade só queria que essa noite acabasse logo para que esses dois parem de
conversar. Meu deus, o que eu estou
dizendo? Não acredito que estou com ciúmes.
- Mike! Mike! – falou Jerry
chamando minha atenção.
- o que foi? – perguntei
assustado. Eu estava distraído.
- você está bem? parece tão
distante.
- eu estou, estou sim – falei sem
dar muita atenção a ele.
- Rebecca você troca de lugar
comigo? – perguntou Jerry.
- claro – falou ela se levantando
– eu vou banheiro e depois volto.
Rebecca se levantou e Jerry se
sentou ao meu lado.
- o que há com você hoje? –
perguntou Jerry.
- nada eu estou bem.
- eu te conheço. Você não está
bem. me diz o que você tem.
- não é nada é que… você queria
essa noite só pra nós dois e eu chamei a Rebecca e agora eu estou me sentindo
sei lá… excluído.
- do que você está falando?
- eu posso te fazer uma pergunta?
- pode.
- você gosta só de homem ou gosta
de homem e de mulher também?
- você tá perguntando se eu sou bi?
- estou.
- espera… você está com ciúmes de
mim com a Rebecca?
- não.
- está sim – falou ele rindo.
- você é ou não?
- claro que não. Eu sou gay Mike.
Eu só estou tratando ela bem.
- OK.
- não acredito que você está com
ciúmes.
- eu estou me sentindo um idiota.
- não se sinta. Adorei você estar
com ciúmes – falou Jerry se aproximando e me dando um beijo. Primeiro foram
dois selinhos carinhosos e depois um beijo de língua. Finalizou com um outro
selinho – não precisa ficar com ciúmes. Eu não sou bissexual e mesmo que fosse
dar em cima de outra pessoa junto com você
seria uma falta de respeito. Eu não faria isso nem quando não estou com
você.
- pare de falar Jerry, eu já me
sinto um idiota – falei rindo.
- não se sinta – falou ele rindo
– agora eu posso te perguntar uma coisa?
- pode.
- você vai mesmo fazer aquilo que
você me prometeu?
- eu não disse que vou fazer, eu
disse que quero entender. Você pode me convencer. Se você for convincente e
conseguir me fazer ficar confortável com sua idéia eu faço sim. Eu não vejo
porque não faria.
- ótimo – falou ele enchendo meu
copo com refrigerante.
- voltei – falou Rebecca se
sentando agora de frente para mim.
Eu tomei dois goles do
refrigerante e decidi deixar o resto. Não aguentava mais.
- acho que está na hora de nós
irmos embora – falou Jerry olhando no relógio.
- se vocês quiserem – falou
Rebecca.
- vamos indo então – falou Jerry
chamando o garçom para pagar a conta.
- eu vou pagar metade – falei
pegando minha carteira.
- nem pensar – falou Jerry.
- tem certeza?
- tenho sim. A próxima você paga,
pode ser?
- pode – falei.
Assim que pagamos a conta nós
saímos do restaurante para irmos embora e ao sairmos Jerry segurou minha mão.
Ele deu um sorriso quando fez isso. Eu também sorri. Não sei porque, mas acho
que depois de tanto tempo eu começo a agir como alguém que está apaixonado.
Eu ainda não sinto que estou
apaixonado, mas sim que estou começando a gostar muito dele.
- acho que vou pegar um taxi –
falou Rebecca.
- o que? porque? – perguntei.
- não faz isso, eu te levo em
casa – falou Jerry.
- tem certeza?
- claro que sim – falou ele.
- vamos entrando – falei abrindo
a porta para ela.
Antes de irmos para casa deixamos
Rebecca em casa, que agradeceu muito pela noite. Em seguida Jerry e eu fomos
para casa, estávamos cansado e tínhamos um assunto para conversar.
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